Sábado passado foi um dia especial. Era o dia em que ansiosamente iríamos estar com Mark Lanegan, que em tour europeia com o seu “Phantom Radio” passou por Portugal para tocar primeiro no Porto e depois em Lisboa.
O ambiente estava a preceito como o cantor e compositor norte-americano gosta, a meia luz, propício para uma noite de grande envolvimento e sentimentos fortes marcados pela sua voz rouca e única.
Músico de influências claramente rockeiras, pesadas, de origem grunge como os seus “vizinhos” Soundgarden, Alice in Chains ou mesmo Nirvana, onde a guitarra e a bateria formam o principal das suas composições, Mark Lanegan que já passou em tempos também por bandas como os Screaming Trees ou Queens of the Stone Age, trouxe para esta tour europeia mais 2 bandas onde participam alguns dos seus músicos nesta vertente a solo.
A noite começou pontualmente às 20h00 com os Faye Dunaways, formação de cariz instrumental, que serviu para abrir as hostes e começar a aquecer o ambiente por entre conversas e cervejas bem frescas que se ia servindo nos bares do Armazém F.
Seguiu-se depois os Duke Garwood, às 20h45, onde a uma voz e guitarra, e uma bateria da formação anterior, se começava a abordagem mais próxima do que viria com Mark Lanegan e a sua banda às 21h30.
Com o público já bem aconchegado, entra finalmente Mark Lanegan e a sua banda, no mesmo ambiente de baixa luz, de tons quentes e envolventes, ao mesmo tempo também depressivos, que com a sua voz rouca hipnotiza um Armazém F esgotado em 2 horas de concerto para delícia de todos os fãs.
Foi uma noite especial, Mark Lanegan é também um “low-profile” especial, romântico e incurável, rockeiro e misterioso, de poucas palavras mas pleno em emoção.
Texto – Carla Santos
Fotografia – Luis Sousa
Promotor – Everything Is New