Se energias restavam de sexta, então no sábado esgotaram. O último dia do Lisbon Psych Fest, embora com menos pessoas (não podemos dizer que a afluência a este festival tenha sido enorme), foi com qualidade. O Teatro do Bairro, desta forma, aprumou-se para receber Besset Hounds, My Expansive Awareness, Desert Mountain Tribe, Dreamweapon e para fechar a noite, The Vacant Lots.
Basset Hounds
O segundo dia já começou algo atrasado, e por motivos alheios, só foi possível chegar, relativamente perto do final. Mas pelo que foi visto, a banda que também estará também em Algés no próximo verão, é daquelas que gosta de pegar na guitarra, bateria e baixo e partir a loiça toda. Não foram de muitas palavras, mas por vezes não é preciso.
My Expansive Awareness
Menção honrosa do dia. Não tiveram muito sucesso no capítulo “conquistar o público”, apesar dos espanhóis terem tido uma claque digna de registo à sua espera. A vocalista surgiu em segundo pano, tendo em conta os instrumentais e até o guitarrista que também puxava pelas cordas vocais. Contudo, apresentaram uns sons engraçados, fruto também do álbum homónimo lançado este ano.
Desert Mountain Tribe
Outro dos grandes momentos do festival. Esquecendo as partes que o vocalista ficou sem microfone, mas que ludibriou com sucesso as dificuldades, apresentaram um som digno de registo. Por vezes, até a lembrar os mais recentes (na memória) Alt-J, mas com um twist psicadélico, foram uma agradável surpresa. É caso para dizer, para regressarem a Lisboa o quanto antes.
Dreamweapon
Se pudesse fazer uma analogia, diria que a Lovers & Lollypops é a Academia do Sporting no que toca à formação de novos talentos musicais. E os Dreamweapon são a mais recente coqueluche. Com novo material, do álbum homónimo, um dos destaques foi para a performance de The Heart is Alive, single do novo trabalho. Um concerto que não teve tanta intensidade como a dos Basset Hound ou dos Desert Mountain Tribe, mas é questão de ficar de olho nestes meninos.
The Vacant Lots
Da mesma maneira que começou na sexta, acabou no sábado. Em duo. Lisboa serviu para fechar em grande a tour que vinham tendo na Europa. Apesar de alguns problemas no som, a versatilidade de Jared Artaud e Brian MacFadyen veio ao de cima e serviu para conquistar o público que restava, visto que as horas foram passando e eles actuaram já para lá da hora prevista.
Evento – Lisbon Psych Fest 2015
Promotor – Killer Mathilda
Texto – Carlos Sousa Vieira
Fotografia – Valentina Ernö (Silvana Delgado)