Os White Hills já começam a ser um nome conhecido em Portugal. Depois de mais uma passagem por terras lusas, desta vez no Musicbox aquando do Warm-up do Reverence, agora estão outra vez entre as confirmações para o festival que enche a região do Cartaxo de fãs do fenómeno psicadélico. Fomos conversar com eles, e aqui fica o que eles pensam de Portugal e também da música no modo geral.
Música em DX (MDX) – Já vai algum tempo desde que visitaram Portugal. Que recordações têm desse concerto?
Dave W. (DW) – Nós estivemos em Portugal no passado Setembro para o Reverence, por isso não foi assim há tanto tempo. Nós amamos Portugal! É um belíssimo país com pessoas muito acolhedoras e simpáticas. Nós gostamos sempre de cá voltar. O Reverence Festival foi fantástico para nós. Tocámos tarde e o público era delirante.
MDX – Uma vez que viajam pelo mundo inteiro, vocês têm oportunidade de conhecer o país que visitam? E se sim, o que gostaram mais de Portugal?
DW: Depende. A maioria das vezes nós não temos muito tempo para olhar à volta. Mas das últimas vezes que estivemos no Porto, tivemos a oportunidade de passear pela cidade. Sou um grande fã de arquitectura e a oportunidade de andar por uma cidade como o Porto foi um mimo para mim. A arquitectura nunca pára de me surpreender.
MDX – E o que esperam do público desta vez? Durante este tempo todo, tiveram oportunidade de manter contacto com os fãs portugueses ou é difícil?
DW: Uma das grandes coisas da internet, é a habilidade de manter em contacto com as pessoas facilmente. Estamos apenas a um mail de distância! Não vale a pena ir a nenhum concerto com expectactivas. Uma vez no concerto, sente-o. Eu sou uma pessoa de mente aberta.
MDX – Já tiveram a oportunidade de tocar em palcos fechados e abertos, como o Reverence. Quais são as principais diferenças?
DW: Cada palco e sala é diferente. O principal foco para nós é ser capaz de ouvirmo-nos a todos em palco e sentir-nos confortáveis para que nós possamos dar a melhor performance que conseguimos. A chave é o pessoal do som e do palco conhecerem o determinado palco e saber como é que o som reage ao espaço. Se eles sabem e são capazes de dar aquilo que precisamos no palco, então não há diferença em tocar dentro ou fora. Se nós conseguimos ouvir a nós mesmos e somos capazes de tocar uns com os outros, então não importa onde tocamos.
MDX – E quais são as vossas maiores influências?
DW: A minha maior influência é ser uma parte pequena de um enorme universo. Viver com isso e estar imerso numa onda positiva que me incentiva a criar.
MDX – Escutando o vosso trabalho, ouvimos muitas influências dos 70’s e synth-rock? Há alguma banda que tenha marcado a vossa experiência musical?
DW: Não há apenas uma banda que marque a minha experiência musical. Eu pego em tudo, musicalmente falando, e levo-o além. Chego aos limites. Eu gosto de pensar que sou um esponja e que absorvo tudo o que consigo.
MDX – Conseguem identificar-se num estilo?
DW: WHITE HILLS é o seu próprio estilo. Nós não conseguimos nem queremos estar aprisionados a um género. Nós cruzamos géneros e estilos que tenham detalhes que sejam únicos e que nos tornem únicos no nosso estilo.
MDX – Para aqueles que não vos conhecem, que música recomendaria para ouvir primeiro?
DW: Eu começaria com algo do nosso novo álbum “Walks for Motorists”, seja “Lead The Way”, “£SD or USB” ou “Wanderlust”.
White Hills – “Wanderlust”
Links da banda:
Facebook – https://www.facebook.com/pages/WHITE-HILLS/90476409450?sk=timeline
Soundcloud – https://soundcloud.com/white-hills
Tumblr – http://whitehillsmusic.tumblr.com/
Entrevista por: Carlos Sousa Vieira