Os Maquina del Amor são o Miguel Macieira, o José Figueiredo, o Filipe Palas, e o Ronaldo Fonseca. Trata-se de uma banda recente nascida em Maio de 2014 e com o primeiro trabalho lançado no passado dia 20 de Novembro, homónimo.
Este álbum está coberto de mistério. Um mistério inquietante e desconcertante que nos guia a um universo alucinogénio.
O álbum, composto por 8 faixas – disponível no bandcamp do Azul de Tróia – está coberto por um ambiente denso e claustrofóbico. Cortinas de sintetizadores inquietantes envolvem-nos e empurram-nos para mundos paralelos onde nos podemos perder por entre cores e ritmos esquizofrénicos.
Não há letras e nem são necessárias. Cada faixa tem uma intensidade tal que se transforma em histórias contadas por um feiticeiro habitante num bosque coberto de plantas alucinogénias. Frenesim e sensação hipnótica de olhar para um tambor duma máquina a rodar são criados automaticamente a cada nota musical. A montanha russa de loops, distorções e sintetizadores existentes fazem-nos viajar por entre o experimentalismo, o psicadelismo e, como eles afirmam, por uma “reminiscência do post-rock”. A intensidade entranha-se e prende-nos com amarras a uma realidade desconcertante e, ao mesmo tempo, viciante.
O primeiro single a sair foi o “Má Onda, Parte I”. O vídeo, composto por imagens sobrepostas em tons acinzentados, leva-nos à divagação mental saltando para um mundo coberto de suposições fantásticas.
https://www.youtube.com/watch?v=pnLl-tounwo
Há uma promessa de um grande e longo caminho no ar… Os quatro rapazes de Braga vieram para nos trazer experiências únicas e inexplicáveis, prometendo longas viagens musicais revestidas de ondas sonoras duras, arrepiantes e pecaminosas.
Não tenham medo! Comprem o álbum e embarquem na viagem, têm à volta de 40 minutos para se perderem e correrem o risco de não se encontrarem de imediato.
Os Máquina del Amor estão no próximo dia 19 de Dezembro no Plano B, no Porto e prometem espalhar muita agitação mental e corporal.
Mais informação em https://www.facebook.com/maquinadelamor.pt
Texto – Eliana Berto