Um palco. Um homem e uma mulher. Uma mulher e um homem. Dois músicos. Guitarras. Cordas que se transformam em todos os instrumentos. Todos os instrumentos que se transformam em guitarras.
Música que se mistura entre as palmas efervescentes. Fervor de quem sobe ao palco e quase toca em quem toca. Pautas antigas e novas. Grandes músicas, algumas versões de Radiohead, Red Hot Chili Peppers, Metallica – a banda de eleição – ou Megadeth . Cada momento um momento único. Simpatia. Proximidade.
Dois músicos que param a gravação de um novo disco para fazerem uma série de concertos únicos, em locais onde nunca estiveram, e partilham connosco duas músicas novas, inéditas, cantadas por Rodrigo. Público lisboeta e artistas vibram neste momento em que estão juntos pela primeira vez. Uma sala não cheia, mas repleta de vontade, daquele brilho de quem se espanta com um “concertão”. Fica a pena de não estarem mais. Mas fica o valeu a pena de estar ali.
Assim foi Rodrigo y Gabriela no passado domingo na Aula Magna em Lisboa.
Texto – Carla Santos | Carlos Almeida
Fotografia – Luis Sousa