Em 16 anos passamos da infância para a puberdade e seguimos o caminho da contradição.Aqui, há 16 anos que passaram por esse crescimento e que solidificaram um dos grandes e mais carismáticos festivais de rock que temos em Portugal. Não é difícil de encontrar a localização, o Barreiro Rocks acontece todos os anos na margem sul do Tejo, umas semanas antes do Natal e com uma lareira cheia de rock para aquecer os corpos mais frios.
Em 2016 o Barreiro Rocks foi mais uma vez nomeado para os UK Festival Awards na categoria de melhor festival estrangeiro. É apoiado pela Câmara Municipal do Barreiro e é programado e produzido pela Hey, Pachuco! Associação Cultural, entidade que foi distinguida com o galardão “Barreiro Reconhecido – Arte e Cultura” em 2014.
O festival vai decorrer entre o dia 30 de Novembro e o dia 4 de Dezembro no Grupo Desportivo (GD) dos Ferroviários do Barreiro e na Escola Conde de Ferreira. Para além de música, esta edição vai contar com a presença de ilustração e vai ter, ainda, a curadoria das editoras Groovie Records (Lisboa) e Slovenly Records (Reno/Amesterdão) em alguns concertos.
No passado fim-de-semana o Barreiro Rocks proporcionou dois Warm-up’s para servir de aperitivo e prepar as almas para o que vão ser estes 5 dias de festival. O primeiro aconteceu no passado dia 25 no GD dos Ferroviários do Barreiro com os Sterling Roswell Band. Já o segundo aconteceu no dia 26 n’Os Maiorais em Rio Maior com os concertos de Nicotine’s Orchestra, The Brooms e Planeta Quadrado.
No dia 30 de Novembro, a sala escolhida é o GD dos Ferroviários e o festival tem início às 22h com:
Joaquim Albergaria + MMMOOONNNOOO c/ VJ Distorced Vision: “Em palco, apenas separados por um enorme amplificador, vão estar as máquinas e a electrónica de MMMOOONNNOOO e a força bruta da bateria de Joaquim Albergaria (Paus / Vicious 5)”
Bruxas/Cobras é mais um projecto do baterista Ricardo Martins, desta vez com Pedro Lourenço na guitarra.
Sad Puto é o alter-ego de João Maia Pinto.
A noite termina com o DJ Set de El Perro Encendido.
Ao segundo dia de festival, aproveitando o dia em que se celebra a Restauração da Independência, as portas da Escola Conde de Ferreira abrem às 16h e apresenta-nos o seguinte cardápio:
Alex Chinaskee vai mostrar-nos um rock colorido cantado em português.
Pangeia “é um megagrupo continental, uma massa de som com uma performance ao vivo de exorcismo para as coisas más de cada um”.
Genes traz-nos uma mistura de rock’n’roll com hip hop.
Arroz com Feijão vai ser servido quente por três rapazes do Barreiro cheios de ritmo.
Um dos grupos mais esperados do dia são os Skyard, vão-nos trazer um concerto cheio de poder e hard-rock puro! Algum mosh se espera nesta altura.
Ainda, Os Cúmplices, uma turma de crianças vai cantar as suas próprias letras adaptadas a alguns dos maiores hits de Rock, Punk e Garage.
O Segundo dia de festival encerra com o DJ Set de Piñas Coladas.
No dia 2 de Dezembro, regressamos ao GD Os Ferroviários às 21h30 com a curadoria da Groovie Records nos concertos de Les Grys Grys, Les Synapses e Rolando Bruno Y Su Orquesta Midi.
Les Grys Grys vão atear um pequeno fogo com o seu garage-punk e uma atitude explosiva, preparem-se para a festa!
Os franceses Les Synapses vão mostrar-nos um psicadelismo divertido com muitas gotas de anos 60.
Rolando Bruno Y Su Orquesta Midi, é um só e vai fazer-nos abanar anca! Pois, “quando toca ao vivo as suas únicas companhias são a guitarra e o Ipad. Latino-Cumbia-Garage, que para além destes géneros, tem também como influências o rock asiático (solos orientais) e o rock progressivo. Preparados para o baile tropical Selvagem?”
Contamos ainda com a energia do rock de garagem dos nortenhos The Sunflowers, sempre capazes de fazer explodir átomos estranhos dentro de nós.
Do Barreiro, também, The Brooms e a sua magia de fazer rock’n’rollar tudo e todos. A sua música é intrigante e cheia de groove, tornando este concerto propenso a um twist bem dançado.
Não chegando as maravilhas deste dia, ainda contamos com Conan Castro & The Moonshine Piñatas. A loucura vai-se apoderar, certamente, de todos nós pois estes 5 rapazes prometem trazer um concerto inesquecível.
Para terminar, o DJ Set da Groovie Records.
Passamos ao quarto dia de festival. Neste dia os concertos começam à tarde e prolongam-se pela noite fora, até o corpo deixar de conseguir absover rock! Claro que não vai acontecer!!
Às 16h o palco é o da Escola Conde de Ferreira.
Neste dia contamos com The Japanese Girl e o seu psicadelismo esquizofrénico.
Os Fugly assumem-se como “proto-pizza e banana-punk, rock-lobster e tartarugas ninja, garage dum miúdo da escola secundária misturado com psicadelismos e a complexidade de quem passou da vida a ouvir tudo o que foi feito nos anos 60 e 70” e está tudo dito.”
Diogo Augusto vai fazer-nos dançar ao som do seu electro-punk doentio e saboroso.
Os Eternal Champions são “quatro Campeões vindos das Caldas da Rainha até ao Barreiro para nos mostrarem o seu Pop Standard. É fresquinho, jovem e tranquilo.”
O palco da escola conta ainda com os The Miami Flu e um psych-surf-rock digital e suave.
Às 21h30 rumamos para o GD Os Ferroviários com a curadoria da Slovenly Records nos concertos de The Dirtiest, Bazooka, The Anomalys e Biznaga.
Em relação aos The Dirtiest: “Já alguma vez se perguntaram como soa uma guitarra com fuzz num túnel do metro? É mais ou menos assim. Há sem dúvida uma esquisitice única nesta banda, e muito boa. Dizem-se os mais sujos, serão mesmo?”
Os gregos Bazooka vêm com muita sede de punk-rock e desordem!
Em relação aos The Anomalys, dizem que “são mesmo a banda mais selvagem ao vivo de toda a Europa.” Vamos ver?
Espanha tem muito bom punk! Os Biznaga vêm para continuar a provar isso!
Juntam-se à luta pela loucura os portugueses 800 Gondomar e a sua sonoridade que tem tanto de suja como de apetecível.
Falta ainda falar dos Twist Connection que se vão ligar a nós numa conexão de ritmo e rock’n’roll.
A noite encerrará com o DJ Set de Pete Slovenly.
Ao quinto dia de música voltamos à Escola com uma matiné cheia de intensidade. A hora de início é às 16h e só os mais fortes aguentarão até lá.
Os The Jack Shits “prometem fazer o que melhor sabem: meter toda a gente a arder com o seu rock and roll selvagem e primitivo.”
O mesmo se pode dizer de Nicotine’s Orchestra de Nick Nicotine.
Os Monkey Cage “tocam um rock com bastantes influências de Pavement ou Pixies, embora adornado por uma postura mais musculada.”
Por fim, os Panado, “rebeldes na música e na atitude conseguem trazer a palco o ritmo bastante para que toda a gente se manifeste, seja em danças frenéticas ou em idas mais psicadélicas.”
O fim de tarde e encerramento do festival fica a cargo do DJ Set Hey, Pachuco!.
Serão 5 dias de uma intensidade gritante onde a única coisa que interessa é ouvir boa música e sentir-se em casa. Vão mesmo querer perder isto?
Bilhetes à venda no local e, em antecipação, através da TICKETEA.PT
Preços
Dia 30 de Novembro: 5€
Dia 1 de Dezembro: Entrada Gratuita
Dia 2 de Dezembro: 15€
Dia 3 de Dezembro: 15€
Dia 4 de Dezembro: 10€
Passe geral: 30€
Texto – Eliana Berto