O novo ano chega, e começa da melhor forma possível musicalmente falando. A 31ªedição do Sofar Sounds Lisboa que aconteceu hoje na Volta – Oficina Criativa na Lx Factory é mais uma prova do que escrevemos.
Para quem não conhece o conceito, o Sofar Sounds prima pelo secretismo, e “convida” de forma gratuita qualquer ouvinte de boa música portuguesa a participar num final de tarde diferente. Quem se “arrisca” a tal façanha apenas tem que registar o seu interesse em participar na próxima sessão disponível no website da Sofar Sounds, não sabendo o local nem os artistas intervenientes. O conceito não é propriamente “a última coca-cola do deserto”, mas convenhamos, é diferente, e é este “desconhecido sobre o que ao se vai” que tem atraído sessão após sessão mais público às Sofar Sessions.
Hoje não foi excepção. À nossa espera estavam três bandas. Primeiro, Capitão Capitão, projeto de J.P. Mendes que, para além da boa disposição com que iniciou esta tarde, também se fez acompanhar de José Guilherme nas teclas.
Seguiu-se Namari, um projeto que misturou a alegria e o calor de quem vem de Terras de Vera Cruz com a portugalidade dos nossos sons transmontanos.
Para fechar em beleza, a presença dos barcelenses Indignu [lat.] , que estão neste momento a apresentar o seu último trabalho Ophelia. Depois do concerto de ontem à noite no Musicbox Lisboa, revelavam algum cansaço natural de quem já tinha vindo do Minho até Lisboa para nos mostrar a sua arte. Ainda assim, a magia do seu som foi retribuída com vários “bis”, e deu direito a encore para mais uma música. Foi sem questão o momento maior desta sessão que começara a meio da tarde e já se encontrava com a noite.
As novidades apresentadas não foram apenas o local e as bandas, mas também a criação da Sofar Sounds Coimbra que terá já a sua primeira sessão na próxima semana. Resta-nos agradecer à Sofar Sounds, estamos definitivamente revitalizados para mais uma semana de (duro) trabalho.
Texto – Carla Santos
Fotografia – Luis Sousa