Backstage

13 Anos de Groovie Records, a entrevista com Edgar Raposo

Esta entrevista surgiu por acaso. Um daqueles acasos felizes. A Música em DX (MDX) vai estar presente no concerto que os The Dirty Coal Train e os japoneses The Swamps, têm agendado no próximo dia 27, no Sabotage Club. Este concerto acontece precisamente no âmbito do 13º aniversário da Groovie Records. Nesta ocasião pensámos que deveríamos falar não apenas das bandas ou com as bandas, mas também com quem as ajuda a acontecer, que é o caso da Groovie Records, casa de bandas distantes espacialmente, mas que têm visitado o nosso país à boleia de terem a sua editora aqui sediada. Os Haxixins, os Los Tones, mais recentemente Rolando Bruno e no dia 27 os The Swamps. Provavelmente não os teríamos visto de outra forma, se este vínculo não existisse. Falar da Groovie Records e de todo o trabalho e dedicação que fazem dela o que é obriga ao convite a visitar o espaço que não deixará indiferente alguém que goste de música.

Fomos à Rua de São Paulo falar com a cara mais visível da Groovie Records, o Edgar Raposo, para saber um pouco mais sobre o trabalho da editora, as parcerias que têm desenvolvido e a loja que têm neste local já há cerca de 5 anos.

MDX – O que é a Groovie Records actualmente e como chegou aqui. Podes fazer-nos um balanço deste percurso?

Edgar Raposo – Como é que a Groovie chegou até aqui…bem são 13 anos, mais de 100 discos, bandas do mundo inteiro, com algumas bandas portuguesas que continuam na editora. Vão entrando algumas novas mas muito poucas. Dirty Coal Train e Brooms por exemplo, são bandas novas na editora. Durante estes 13 anos em que tudo andou a uma velocidade inacreditável, têm aparecido bandas más e bandas boas. Vamos colocando as bandas a circular pelo mundo inteiro, tournées, tentando encontrar coisas interessantes, não é fácil às vezes, e tentar que a editora se mantenha um bocado à tona, porque isto da cena independente não é fácil, não é nada fácil. Às vezes as pessoas pensam que é lançar discos e meter bandas sempre em festa.

MDX – A maior parte das pessoas pensa que isto é só Rock n’Roll?

Edgar Raposo – Sim, só Rock n’Roll, como aquelas coisas do facebook, o que parece e o que realmente é.

MDX – Tu não és aquela pessoa que encontramos aí todas as noites, toda esta engrenagem dá muito mais trabalho que o que supõe quem está do lado de fora…

Edgar Raposo – Já tive um período de sair muito, muito muito muito muito, e actualmente sei lá… cansa-me um pouco e isto dá muito trabalho. É também um pouco por isso que eu não saio. Se saio à noite em dia de semana…a partir dos 40 a coisa começa a ficar um bocado difícil, pegas umas cervejas e a coisa fica muito complicada. Entretanto, tive filhos o que nestes cenários ainda complica mais… gerir a editora, ter a loja, discos todos os meses a saírem, bandas na estrada. É uma coisa inacreditável.

MDX – A loja não é uma aventura recente na história da Groovie Records, podes falar-nos um pouco sobre o percurso da loja?

Edgar Raposo – A loja está há quase cinco anos aqui, antes disso esteve um ano na rua dos Fanqueiros e teve dois anos ali perto das Escadinhas do Duque, assim são sete, quase oito anos. Tem seguido um pouco o percurso da editora, não de uma forma independente mas com pessoas a trabalhar na loja e na editora. A editora tem crescido, pelo menos no que diz respeito à cena rock e à cena internacional, tem crescido imenso de uma forma pequena…quer dizer quando nós dizemos imenso é que cresceu bem dentro do panorama que é possível crescer, dentro do que a cena independente cresce e tornou-se uma editora, digamos entre aspas, de culto, devido a bandas como os Haxixins e os Los Explosivos, ou os Rootes e os Korovas Milkshakes que se tornaram de alguma forma apetecíveis na cena internacional para os festivais, concertos e tournées e aí a coisa realmente cresceu nesse sentido.

MDX – Este boom à volta do vinil nos últimos anos ajudou alguma coisa?

Edgar Raposo – Não, porque a editora nasceu dentro da cena do vinil. Manteve se sempre dentro da cena do vinil e o crescimento ou hype à volta dos discos de vinil pelo menos no que diz respeito aos discos da editora não afectou assim muito. Talvez tenha afectado um pouco a loja, mas em relação ao hype do vinil não nos afectou assim muito. Não houve grandes alterações editoriais porque sempre fizemos vinil, nunca fizemos digital nem cd’s nem cassetes nem nada do género e assim manteve-se sempre idêntico.

MDX – Então o crescimento que existe é mesmo um crescimento real, que não é devido a um ruído externo. Isso é bom, certo?

Edgar Raposo – É um crescimento real devido à construção de catálogo, logo de clientes que são fiéis da cena e de uma identidade. A editora tem uma identidade. Não é uma editora dispersa ou generalista. Vamos fazer aquilo porque está a dar, ou vamos fazer este porque é porreiro, ou aquele porque é hype ou aqueles porque falam muito deles. A editora tem identidade e essa personalidade que a editora criou permitiu que se mantivesse sempre num determinado patamar da cena independente, da cena de discos de culto, das bandas de culto da cena garage, do rock n roll, do soul ou do punk. Acho que foi um pouco isso e é um pouco isso que faz com que a editora se mantenha realmente. Não queremos depender de modas nem de hype, nem de vendas de record store day, nós nem participamos…. Normalmente fecho a porta no Record Store Day, cagando para o Record Store Day que fique gravado e registado. É muito mau e afecta muito as editoras independentes. Se pensarem um pouco o Record Store Day é inimigo das editoras independentes, porque as pessoas gastam imenso dinheiro em porcaria, discos de 40, 50 e 60€…na maioria das vezes reedições de discos horríveis. Não gastam dinheiro a comprar discos das editoras independentes. Torram a guita toda naquele período de três meses. Andam a poupar para comprar reedições do Bob Dylan a quarenta e a cinquenta euros e ninguém sabe realmente o que aquilo traz lá.

MDX- A selecção das bandas da Groovie reflecte a vossa determinação em manter uma coerência editorial. Fala-nos um pouco desse processo!

Edgar Raposo – A editora criou um catálogo e agregou bandas. Fez reedições, imensas reedições. Acho que a coisa é mais ou menos 50/50. Somos muito esquisitos, podíamos editar imensa coisa mas acabamos por ficar um bocado afunilados talvez devido ao nosso gosto musical e também porque queremos manter a editora no espectro em que ela se encontra. Às vezes dizem que somos muito elitistas… só editam aquelas bandas…são as bandas de que nós gostamos. Se formos meter tudo no catálogo deixa de ser Groovie Records e passa a ser outra coisa qualquer. Para nós isso não faz sentido…”ah mas isto é garage punk” dizem-me às vezes… pois, mas para mim não. Para mim é outra coisa, para mim é bom mas é ao lado daquilo que eu quero. Por vezes custa um bocado às pessoas compreender esse tipo de decisões que nós temos em termos de catálogo ou de bandas que entram para a editora, e de uma certa forma, como e porque é que nós as escolhemos. Como escolhemos os Swamps do Japão. Tu escutas aquilo e ficas “Que merda é esta pah?” Aquilo é um híbrido entre o garage e o blues, mas uma coisa completamente distorcida. É a ideia que aqueles japoneses têm do rock n roll e é distorcidíssima. Isso interessa-me. Interessa-me essa originalidade, esse desenquadramento das bandas normais, ou pelo menos daquelas que parecem mais normais. Tentamos ser o menos quadrados possível mas também está relacionado com o nosso gosto pessoal.

MDX – Interessam-te as interpretações do rock que saem da norma?

Edgar Raposo – Interessa-me o sair da norma e sair um pouco da cena europeia. Há muitas editoras na europa, editoras boas como a Soundflat a Screaming Apple ou a Dirty Water. Uma série de editoras muito boas e que trabalham basicamente catálogo europeu. Bandas espanholas, alemãs, francesas, belgas, inglesas e assim por diante. Raramente encaixam lá alguma coisa que não seja do espectro europeu, então eu acabei por sair um pouco do espectro europeu. Vou para os russos, temos muita coisa da américa do sul, japoneses, indonésios…porque tento um pouco sair desse espectro, porque para isso já há editoras europeias que o fazem. Nós vamos escavar um pouco fora disso. Agora vão aparecer aí umas coisas da Nova Zelândia por exemplo, bandas da Austrália como os Los Tones que já estiveram por cá e vão voltar no início do ano. Vai acontecendo um pouco dessa forma.

MDX – Tens muitos estrangeiros a entrar na loja?

Edgar Raposo – Sim e não. Temos muitos estrangeiros a entrar na loja mas na realidade não são aquelas pessoas que entram aqui por acaso, vêm mesmo à procura da loja. Eu creio que a loja poderia estar em outro lugar e teria mais ou menos as mesmas pessoas à procura dela. As pessoas vão à internet, vêm a morada porque conhecem a editora lá fora e acabam por vir à procura. Existem alguns que acabam por entrar “ ah…uma loja de discos e não sei quê, vou comprar um disco” mas a grande maioria vem mesmo porque quer vir à loja, e viriam independentemente do lugar de onde vêm, ou da localização da loja.

MDX – A Groovie Records tem uma localização privilegiada.

Edgar Raposo – É porreiro estar bem localizado! Eu moro a vinte metros e é fantástico. Mas a zona não tem modificado muito a loja. Para já é um nicho de mercado, não é uma loja generalista e não creio que os turistas que andam aqui e que vão apanhar o Elevador da Bica venham cá à loja comprar discos. Provavelmente fogem daqui. Mas a verdade e que a área cresceu exponencialmente, para o bem e para o mal. Estamos na região dos bares, dos clubes, somos vizinhos do Sabotage Clube, do Music Box, do Lounge, tudo aqui ao lado e isso acaba por ser benéfico para certas coisas. Principalmente quando fazemos concertos e temos de andar com as baterias e os amplificadores às costas. Levamos à mão, às costas mesmo, literalmente às costas, para os bares aqui da zona para fazermos os concertos. Nesse aspecto é bom estar aqui. O último foi no Lounge, os Bobcats. Tínhamos tido o Rolando Bruno antes e normalmente é sempre num dos bares aqui. Pra já somos amigos de toda a gente aqui dos bares. Facilita estar situado neste ponto da cidade e eu gosto de estar junto ao rio.

MDX – Muito do vosso trabalho é online, o facto de terem bandas dos 4 cantos do mundo assim obriga. Como é fazer toda essa gestão?

Edgar Raposo – Trabalhamos muito online. É onde as coisas acontecem mais. A distribuição vai desde o Japão, aos Estados Unidos e América do Sul e toda a Europa. Acaba por acontecer muito on line. Até porque em Portugal lojas que vendem um pouco o que nós fazemos é quase nada. Tens uma loja em lisboa que vende e faz o que nós fazemos em Lisboa e tens outra no Porto. As outras não compram as nossas coisas. Dizem que não tem clientes para aquilo, para os Routes ou para os Swamps e esses discos que nós vendemos, então acaba por ser muito lá para fora.

Felizmente as coisas esgotam muito rapidamente. Os Los Tones chegaram há menos de duas semanas e já só há cerca de cem cópias portanto…é uma coisa que tem uma circulação muito grande dentro do mercado independente e hoje em dia as redes sociais ajudam muito a fazer circular essa informação, facebooks e instagram, é incrível como aquilo faz toda a diferença na divulgação.

Quando chega uma fornada metes online as fotos… quinze minutos depois é só pessoas a pedir para guardar!

MDX – A internet tem acelerado a velocidade e modificado a forma como as bandas e a generalidade dos músicos se revelam e relacionam com o público. Têm alterado também a forma como os clientes se relacionam com as lojas. Como têm sido o crescimento dessa relação para a Groovie Records?

Edgar Raposo – É inacreditável a velocidade e como as pessoas estão atentas, estão mesmo atentas. O pessoal vai ver e é logo “reserva aí!! e “ai meu deus, ai o meu ordenado”, é muito bom porque criámos um núcleo de pessoas que são os habitués que não só vêm para comprar ou não, mas vêm para a conversa, para saber o que é que se passa e ter alguma relação com a cena musical que nós temos ou em que estamos envolvidos.

MDX – Uma desculpa para as pessoas se juntarem a conversar aqui na loja?

Edgar Raposo – Sim. Porque queremos continuar a ser um ponto referência de alguma malta aí da cena rock da cidade, ser um ponto de referência, um ponto de encontro. Sabes que à sexta vem o tal e outro e mais não sei quem vem aqui. Assim há um monte de gente que faz com que à sexta-feira isto seja um reboliço, é mesmo muita gente à sexta-feira. O pessoal traz cerveja depois há outros que vem trazer discos e comprar discos. Pessoal que vem fazer trocas, pessoal que vem para a conversa, É um rodopio a sexta…é um rodopio aqui na loja que fica aberta até às nove e tal e aparece sempre muita gente.

MDX- Tens toda a parte editorial e distribuição a trabalhar online, depois tens a Bananas disponível na loja. Podes falar-nos um pouco sobre essa parceria?

Edgar Raposo – Temos a Bananas com quem estamos de certa forma envolvidos porque também é pessoal que trabalha para a Groovie a fazer capas de discos e posters. Temos sempre a revista aqui disponível. É gratuita e acaba por ser uma coisa que permite que circule informação e traga outro tipo de público e que traga informação para cá também. Em Portugal, tirando algumas coisas on line não temos media especializada na cena rock. Não existe. Assim, tendo alguns magazines que tragam informação para cá é sempre ajuda.

MDX – Além das revistas, tens também as festas, algumas regulares que falámos há pouco e mais algumas colaborações, conta-nos tudo!

Edgar Raposo – Temos as festas aqui na loja, que acontecem já não com tanta regularidade como eu queria porque dá muito trabalho e acabo por fazer menos…mas gostava que agora no verão acontecessem com alguma regularidade, ter aqui alguns dj’s a passar música ao sábado. Mais para a conversa, para o pessoal vir e conversar.

Agora vai ser a festa de aniversário e depois de dois em dois meses mais ou menos temos umas vezes no Lounge outras vezes no Sabotage. Estamos a começar a fazer algumas no Cais do Pirata, e estamos a tentar fazer uma ligação com as ilhas. Fomos convidados para fazer alguma programação nos Açores com regularidade, a Ana (Ana Farinha aka Candy Diaz) já lá foi duas vezes e agora já levamos uma banda, já temos outras bandas para ir aos Açores e a coisa vai rolando… como o Rolando Bruno…sábado no Sabotage e sexta nos Açores.

MDX – Também tens discos usados, o mercado dos usados mudou muito?

Edgar Raposo – Mudou, mudou muito…principalmente por causa da internet, muita gente já não vem as lojas vender os discos, colocam na internet, é mais fácil. Às vezes acabam por vender por muito menos, mas não querem ter o trabalho ou acham que vão colocar on line e vão ganhar muito dinheiro com aquilo porque vêm lá outros a meter os discos a 30 e a 40 euros. Vão colocar os deles também a 30 e 40…têm lá cem, vendem dois ou três e ficam com os outros encostados porque é tralha.

MDX – O record store day e todo este hype trouxe um bocado a especulação, mas chegamos aqui e não é isso que vemos. Nem a nível de usados nem a nível de novas edições e reedições. As condições em que vocês mantem as coisas dizem muito do que sentem em relação a tudo isto. Isto é uma loja especializada em vinil, é uma loja de uma editora. É esta a tua visão?

Edgar Raposo – Há muita gente que se está aproveitar disto. Colocar um preço num disco não é linear, temos de ver as edições, o ano da edição, o país de origem, o estado. Tem a ver com uma série de coisas que o próprio mercado acaba por criar. É um mercado que quando está a funcionar bem não é o da especulação. Há discos que talvez custem cem euros porque só existem por aí meia dúzia deles em condições e foram feitos há cinquenta anos. E depois há um milhão de pessoas a querer aquele disco, enquanto outros foram feitos não sei quantos milhões de cópias e andam por aí ao pontapé e a aparecer debaixo das pedras da calçada. Tem de se saber porque é que se esta a pedir 30 ou 40 euros por um disco, tem de se saber justificar esse preço. E eu tenho um bocado essa luta….se eu tiver aí um disco a 60 ou 70 euros, on line ele vai estar a 200. A politica aqui é sempre bem abaixo do que se vende on line. A Ana mete quase tudo on line e compara essas variáveis todas. Aqui vendem-se discos para pessoas que gostam de música e não para pessoas que gostam de ter discos porque são coisas caras. Aqui a ideia é que sejam acessíveis, mesmo aqueles que são caros, porque um disco caro também pode ser acessível. Andas à procura de um disco vês on line e é 100, 150…se tiver aqui talvez esteja a 50 ou assim….isso é um disco acessível, é caro mas é acessível comparativamente aos preços que se praticam no mercado e a ideia é um pouco essa. Que os discos saiam daqui e não fiquem aqui a vida toda. Circulem e venham outros mais, todas as semanas…e é garantido que temos discos novos todas as semanas.

MDX – Quase todos os concertos que tens organizado têm uma certa componente cénica. A atitude é importante?

Edgar Raposo – Claro! Se é rock n’roll tem de ter o circo todo. Por isso é que eu gosto dos Dirty Coal Train, porque eles montam o circo ali à volta daquilo. O Ricardo e a Beatriz são showmens, são altos performers e a máquina deles está oleada para ser o circo do rock n’roll! Se fores pensar nas grandes bandas de rock n’roll, Rolling Stones, The Cramps, Dead Kennedys ou mesmo as actuais, ou bandas que vieram desde os anos 90 e refrescaram um bocado a cena do rock, têm sempre uma estética associada. Tens um concerto mas tens uma performance associada e uma coisa não funciona bem sem a outra, a atitude é uma grande percentagem do verdadeiro rock n’roll.

MDX – Tens expectativas a longo prazo para a loja e para a editora?

Edgar Raposo – Manter as coisas como estão para a editora e para a loja, para nós seria óptimo. Queremos que se consiga aguentar mesmo neste panorama capitalista brutal em que de repente há um hype à volta do vinil e aparecem logo não sei quantos tubarões a fazer disso uma cena de luxo e capitalista para massas. Ok. Eu concordo com a cena do vinil para massas…prefiro o vinil ao cd ou outro formato qualquer, que nem sequer é tao interessante em termos estéticos, mas há sempre um tubarão à espreita, por isso se nós nos conseguimos manter, é óptimo. E no próximo ano aí uma série de coisas novas para mostrar! São 13 anos de luta livre é muito difícil manter a editora a tona, é sempre no limiar a coisa funciona porque vendem se uns discos e não sei quê, mas é uma editora independente, felizmente têm entrado outras pessoas que colaboram com a editora regularmente como a Ana, o João e outra malta que é regular semanalmente fazem alguma coisa pela editora e a festa vai ser isso, vai ter os amigos malta que vem de fora bandas. Vamos montar uma loja la dentro umas caixas, umas coisas penduradas e um monte de dj’s aqueles que são anunciados e outros que não forma anunciados malta que já esta ligada a isto desde o início e que vai la estar para beber uns copos dançar comer um bolo psicadélico. Vai ser porreiro, vai ser bem fixe.

MDX – Aguardemos pela festa que vai ser grande, a Groovie tem cultivado muitas amizades e toda a gente vai querer celebrar convosco estes 13 anos de trabalho!

Edgar Raposo – Grande não sei se dá que o Sabotage é pequenino. Os Swamps vai ser uma surpresa…é rock n roll japonês é uma visão muito …não é experimentalismo, mas é diferente.

Entrevista – Isabel Maria
Fotografia – Nuno Cruz