Sean Riley & The Slowriders celebram em Outubro o décimo aniversário do seu primeiro álbum, Farewell. Para além da reedição especial do disco em CD e a sua estreia em Vinil a 20 de Outubro, a banda vai percorrer o país numa série de espetáculos onde vão revisitar Farewell na íntegra.
“Em 2007, no press release de apresentação de Farewell, o disco de estreia de Sean Riley & The Slowriders, atrevi-me a compará-lo a discos fundamentais como “The Queen Is Dead” dos Smiths ou “The Velvet Undergound & Nico”, elevando-o de imediato à condição de clássico.
Não há como o filtro do tempo para avaliar uma obra de arte, e dez anos volvidos, ao ouvir de novo as onze canções de Farewell, não restam dúvidas que são hinos intemporais. A banda bebeu da melhor herança folk-rock anglo-saxónica, de Bob Dylan a Nick Drake, de Tim Buckley a Townes Van Zandt, e surpreendeu-nos com um disco imaculado e genuíno, quer ao nível da composição, quer ao nível dos arranjos, feitos de simplicidade e sobriedade, revelando uma maturidade invulgar numa estreia discográfica.
Sean Riley (Afonso Rodrigues) é detentor de uma voz de múltiplas virtudes e notável projecção, simultaneamente versátil e encantadora, ouça-se uma ou cem vezes, e a sua guitarra destila meio século da história do pop/rock. Os Slowriders são só dois, mas multiplicam-se no disco, com Bruno Simões a alternar entre o baixo e a melódica, e Filipe Costa com o omnipresente orgão Hammond e assegurando as percussões, qual “one man band”.
Moving On, o single de apresentação de Farewell, é um clássico instantâneo. E quem resiste à melodia de piano em Lights Out? Ou às histórias cantadas de Harry Rivers, Marble Arch, Motorcycle Song, Let Them Good Times Roll e Spider’s Blues? São razões de sobra para afirmar Farewell como um disco coeso e inspirador, onde todos os instrumentos estão no lugar certo.
Para comemorar os 10 de anos de Farewell, a Valentim de Carvalho presenteia-nos com uma edição-estreia em vinil e uma reedição de Farewell em CD – esta com três temas-extra: Bring Your Boy Home e as gravações originais de Wout Straatman para Moving On e Lights Out. Em vinil, o álbum surge em duas versões: uma a preto e a outra a cor-de-laranja, com o poster da primeira digressão da banda.”
Rui Ferreira (Lux Records)
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