Desde a primeira vez que o Barreiro Rocks nos fora apresentado que o amor mútuo surgiu. É isto que se sente naquele lado da margem do Tejo quando, em pleno outono, o Clube Desportivo Os Ferroviários do Barreiro abre as portas para mais uma edição do festival. Este ano, embora com um formato mais reduzido nada foi diferente!
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’17 Dia 1 Ambiente
A primeira noite de Barreiro Rocks começou ligeiramente atrasada com os barreirenses The Brooms. O garage rock melódico que trazem, é abrilhantado pelas teclas que fornecem um certo groove e alma às músicas. Com uma música dedicada ao Tomé e uma convidada da plateia a subir ao palco na última música, os The Brooms partilharam 40 minutos de uma bonita tela musical com tendência a abanar a anca e uma voz que nos reporta para a adolescência.
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’17 Dia 1 The Brooms
Os Mighty Sands eram os seguintes no palco principal. Em jeito de harmonia suave e trabalhada pela construção musical de 6 elementos, traziam-nos as sensações de um pôr do sol liberto de tudo. Faixas densas, longas e trabalhadas, com riffs distorcidos e uma grande capacidade de nos guiar por desertos mentais, fizeram com que o coração ganhasse o batimento certo para nos preparar para o que viria com o passar da noite. Um excelente regresso, embora demasiado comprido.
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’17 Dia 1 Migthy Sands
No palco #Partyfiesta, no bar, já nos esperava Mr. Gallini e o seu encanto de menino que pouco precisa de fazer para nos deixar rendidos a seus pés. Com os mais variados instrumentos que completam a guitarra acústica e harmonia, constrói sons bonitos e delicados que nos remetem à beleza pura da infância livre de preconceito. A voz versátil e madura de Bruno ajuda a criar canções que nos entram no ouvido e nos enchem de boas energias e ritmo suave. Por detrás disso, letras cómicas e sempre com temas sugestivos.
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’17 Dia 1 Mr. Gallini
De regresso ao palco principal, e de regresso a Portugal, os galegos Samesugas e um punk rock cru, mexido e caótico, como os espanhóis tão bem já nos habituaram. Com uma voz arranhada e uma bateria a dar tudo em explosões de impulso e energia, fizeram as delícias de todos. Há uma certa densidade sinistra na música que tocam e as cordas são trabalhadas de modo arranhado e meio rouco. As faixas são rápidas e curtas e o ritmo alucinante, fazendo-nos querer saltar para cima do palco e fazer a festa ao lado deles. Aqui, já o sorriso se começava a montar nos rostos.
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’17 Dia 1 Samesugas
No bar, algo esquizofrénico e enlouquecedor. Debut! são donos de uma música coberta de distorções e ângulos inalcançáveis. Baixo, guitarra e sintetizadores constroem caminhos onde a alucinação pode ser uma constante. Por vezes revelam traços de The Rapture, mas numa linha mais densa.
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’17 Dia 1 Debut!
A fechar o palco principal, a loucura sã de Johnny Throttle. Com Afonso Pinto a liderar, os Johnny Throttle são mais uma das suas bandas que revela a essência pura e crua do punk vindo das caves de Londres, ou de outra capital qualquer, que transpiram tudo aquilo que precisamos para nos libertarmos e rejuvenescer a alma. Duas vezes Afonso afirmou que eram os Parkinsons. A verdade é que poderiam ser… pouca diferença existe tanto na música como na estado caótico que criam à sua frente: mosh, crowdsurf e saltos. Os riffs rasgam a atmosfera enquanto que a bateria nos leva o coração à boca e tudo em nós vira um turbilhão de sensações que têm como meta a loucura saudável que nos cria a pura satisfação. Não é disso que é feito o verdadeiro punk?
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’17 Dia 1 Johnny Throttle
A fechar a noite, no bar, o rock distorcido com cheiro a anos 70 dos El Señor com a sua presença simpática e interactiva que levou a muitos tocarem quase o tecto com as mãos. O modo necessário para os batimentos cardíacos regressarem ao normal e fazermos o caminho com um grande sorriso até casa.
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’17 Dia 1 El Señor
O resto da noite ficaria a cargo do DJ set de Maria P.
Todos os artigos estão disponíveis em:
DIA 1
Barreiro Rocks’17, dia 1: A emoção do reencontro
+ Barreiro Rocks’17 Dia 1 Ambiente
+ Barreiro Rocks’17 Dia 1 The Brooms
+ Barreiro Rocks’17 Dia 1 Mighty Sands
+ Barreiro Rocks’17 Dia 1 Mr. Gallini
+ Barreiro Rocks’17 Dia 1 Samesugas
+ Barreiro Rocks’17 Dia 1 Debut!
+ Barreiro Rocks’17 Dia 1 Johnny Trottle
+ Barreiro Rocks’17 Dia 1 El Señor
DIA 2
Barreiro Rocks’17, dia 2: A saciedade profunda da alma
+ Barreiro Rocks’17 Dia 2 Ambiente
+ Barreiro Rocks’17 Dia 2 Cave Story + Duquesa + Ra Fa El
+ Barreiro Rocks’17 Dia 2 Stone Dead
+ Barreiro Rocks’17 Dia 2 Moon Preachers
+ Barreiro Rocks’17 Dia 2 The Twist Connection
+ Barreiro Rocks’17 Dia 2 Tracy Lee Summer
+ Barreiro Rocks’17 Dia 2 The Cavemen
Texto – Eliana Berto
Fotografia – Luis Sousa
Evento – Barreiro Rocks’17
Promotor – Hey, Pachuco! Associação Cultural