Quinta feira passada foi uma noite complexa. Os The Parkinsons chegaram cedo e ainda o Sabotage Club não tinha as portas abertas já se antecipava que o caos seria a nota forte da noite. Trazem a atitude provocadora de sempre e um novo baterista, Ricardo Brito, para alimentar o fogo inextinguível de Vitor Torpedo, Pedro Chau e Afonso Pinto.
Dos Moon Preachers só ouvimos o favorável eco do público que gostou da sua magia.
Já perto da meia noite e com a casa quase completamente cheia os The Parkinsons entram em palco debaixo de forte aplausos. É sempre neste clima de “É hoje que o clube vem abaixo!” que a banda recebe o seu público. Não há um concerto igual ao outro, mas há uma predisposição natural para dar tudo. E é sempre tudo que eles dão.
Sempre a encher as medidas ao público e atentos às provocações deles para mostrar que conseguem mais ainda… à terceira música já tudo estremecia, e como quase sempre já Afonso Pinto andava pelo meio do público. So Lonely ou She’s a Bad Girl, sempre boas “desculpas” para arrancar a bola de espelhos do tecto… A verdade crua é que só vão mesmo perceber do que aqui falamos e porque falamos tão pouco quando vierem ver os The Parkinsons.
Aí vão entender finalmente de que isto se trata apenas de música. Acontece que não é uma música qualquer, nem mais uma banda caída do céu aos trambolhões. Só essa autenticidade explica o turbilhão de gente que acorre. O anúncio de concerto dos The Parkinsons bem podia trazer em nota de rodapé que a satisfação é mais que garantida.
Texto – Isabel Maria
Fotografia – Rui Jorge Oliveira | Surfin’ Bird – Night Pics