Começam a ganhar contornos definitivos os caminhos programáticos para a edição de 2018 do Tremor, a ter lugar entre 20 e 24 de Março, em São Miguel, nos Açores. Arrancamos com a nostalgia psicadélica dos BOOGARINS e do mais recente Lá Vem a Morte, editado com rasgo de surpresa em Junho deste ano. Ao quarto disco, Benke, Ynaiã, Raphael e Dino Almeida, ou (para simplificar) quatro dos mais entusiasmantes rock’n’rollers do universo lusófono que já fizeram a rota de Pedro Álvares Cabral, voltam a colocar o Brasil no mapa das novas experiências electrónicas internacionais.
É também de novas fronteiras que se fala quando se invoca o nome de MDOU MOCTAR, errante tuaregue, dividido entre a electrónica, a takamba e assouf. Mdou canta sobre o Islão, a educação, o amor e a paz, com ventos quentes a soprarem dos desertos do Níger, guitarradas futuristas e coros espaciais.
Por outras coordenadas encontramos a THE MAUSKOVIC DANCE BAND, aventura musical de Nicola Mauskovic (baterista de Jacco Gardner), desenhada em estúdio com os amigos Donnie Mauskovic, Em Nix Mauskovic e Mano Mauskovic. Apalpando o afrobeat dos 70, a cumbia e todo o som hipnótico capaz de provocar a dança mais balançada e sentida, o colectivo é, hoje, signo definitivo de festa, tendo já percorrido os mais interessantes palcos mundiais e clubes europeus.
Lo-Fi Moda, ou a forma como os ERMO radiografaram o ser humano contemporâneo, será, indiscutivelmente, um dos discos deste ano de 2017. Na neblina entre o analógico e o digital, num mundo que, como dizem, se engole na virtualidade, encontramos nestes “novos” Ermo aquele que é, por ventura, o seu mais perfeito casamento entre a música (electrónica, fragmentada, esparsa) e a lírica (densa, pensante, humana).
Dos Açores para o Cosmos, seguimos com os 4 _nautas que dirigem VOYAGERS, nave repleta de equipamentos futuristas, comandados em tempo real. Uma viagem no tempo, que nos liberta do espaço e nos transporta para universos paralelos de interacção audiovisual. O seu espectro é um buraco negro inominável mas com uma tangente definida, apontada ao movimento de libertação corporal, através da transversalidade da dança, da festa em estado puro com carimbo insular.
Os novos nomes juntam-se aos já anunciados DEAD COMBO, ALTIN GÜN, THE PARKINSONS, LONE TAXIDERMIST e WE SEA. A quinta edição do Tremor apresentará mais detalhes sobre a programação interdisciplinar do festival, que receberá concertos, espectáculos e interacções na paisagem, laboratórios, momentos de pensamento e reflexão, arte na rua e residências artísticas no arranque de 2018.
Os bilhetes estão à venda na bilheteira online, FNAC, Worten e nos locais habituais por 35 euros. O Tremor é uma co-produção da Lovers & Lollypops, Yuzin e António Pedro Lopes e pretende assumir-se como palco por excelência para a experiência musical no centro do Atlântico.
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