No final dos anos 70, The Monochrome Set faziam parte da primeira onda de bandas “pós punk” mas nunca se conseguiram encaixar em nenhum género musical, eles eram apenas diferentes do que estava a ser feito na altura da sua formação.
Desde o início, a banda ganhou uma sólida reputação pela sua pop fina, ganhando rasgos elogios dos seus contemporâneos dos anos 80 como Morrissey e Edwyn Collins. Nos últimos anos, esse elogio continuou com artistas como Franz Ferdinand, The Divine Comedy e Graham Coxon. E é por isso que o som dos The Monochrome Set é “intemporal” e são uma das bandas britânicas mais influentes dos últimos 40 anos.
Em “Maisieworld”, Maisie, a sua anfitriã, irá guiá-lo através de uma sucessão de músicas que destaca a natureza volátil, caprichosa e instável de The Monochrome Set. Novas portas conduzem a corredores até agora inexplorados com saxofones, trombones e trombetas, onde estranhos órgãos deslizam sobre nós, em que um grunhido baixo surge nos nossos tornozelos e um banjo deformado atravessa-se no nosso caminho.
Vozes divertidas cantam a natureza orgânica frágil, os sonhos e esperança tristes que nos entretém e as sombrias decisões que tomamos. Cenas de uma imaginação diferente rasga-nos e refaz o nosso retrato na fantasia de outro.
“I feel fine (really)” é a primeira aposta para o novo disco.
“1979 – 1985: Complete Recordings” é o documento perfeito de um capítulo de criação frenética duma banda subestimada da história do pop britânico que emergiu no final da era punk com uma vertente mais arty (o seu nome aludia às pinturas monocromáticas de Yves Klein e alguns dos títulos das suas músicas como “Alphaville” e “Eine Symphonie des Grauens” sugeriam uma ligação a grandes obras primas de Jean-Luc Godard e F. W. Murnau).
Este é o seu trabalho inicial. Em 1979 lançaram uma série de singles pela Rough Trade que são agora peças de colecionador, seguidos pelas primeiras obras primas “Strange Boutique” (1980) e “Love Zombies” (1980). Em 1982 mudaram para a Cherry Red Records onde lançaram “Eligible Bachelors” (1982) e “The Lost Weekend” (1985).
+info The Monochrome Set
Fotografia (capa) – The Monochrome Set