Fevereiro marca a estreia do Solo Fest em Lisboa. O conceito é simples mas poderoso: mostrar os artistas na sua forma mais despojada, sem artifícios, dando assim a oportunidade de com o público criar um diálogo mais directo e pessoal.
“Como surge um tema musical, um monólogo ou um movimento de dança?
Partindo das suas emoções, vivências e olhares, o artista adiciona movimento, som ou palavra à sua arte, através da qual expõe a visão do seu universo a outros olhares. Este momento de criação ocorre na solidão – o artista a sós consigo próprio ou com o seu instrumento.
Como o solo onde germinam e crescem plantas, o tempo a solo do artista é um tempo fundamental para a expressão da emoção de um poema, composição musical, movimento ou drama.
É este momento mágico de intimidade do artista que queremos desvendar, permitindo ao público sentir a sua emoção.
Para partilhar estes momentos de criação convidámos artistas de várias expressões musicais para as quatro noites da primeira edição do Solo Fest. Esta primeira edição do Festival será dedicada à música. Nas próximas edições serão incluídas outras disciplinas artísticas.”
Alcides Nascimento
O conceito é de Alcides Nascimento, nome maior da música de Cabo Verde, figura incontornável da noite africana de Lisboa.
4 noites, 4 apresentações intimistas de 4 artistas de diferentes quadrantes da música lusófona: Mário Laginha e o monólogo do seu piano, Tatanka (The Black Mamba) em conversa com a sua guitarra, Aline Frazão em diálogo com o seu violão, e Wilson Vilares dos Celeste/Mariposa em alegre despique com os pratos e a mesa de mistura.
Os locais escolhidos para estes quatro encontros são o B’Leza, nas primeiras 3 noites, e a Casa Independente para a grande festa final.
Mário Laginha | 27 Fevereiro | 22H | B’Leza
A sua “casa” é o jazz, mas recusa encerrar-se lá dentro. Na sua música podemos encontrar um pouco de quase tudo, porque não fecha as portas a quase nada. Mário Laginha procura em vários lugares o material para construir o seu próprio universo musical. Muito mais do que misturas, há assimilação. O que se pode ouvir, no final, é… música.
Tatanka | 28 Fevereiro | 22H | B’Leza
Natural de Sintra e dono de um carisma e voz inconfundíveis, Tatanka tornou-se conhecido como o vocalista de uma das mais bem sucedidas bandas portuguesas da actualidade – The Black Mamba – e, mais recentemente, como mentor musical do programa da RTP “7 Maravilhas de Portugal – Aldeias”. Apresenta agora o seu trabalho a solo, num registo diferente daquele a que nos habituou na banda, com temas originais exclusivamente em português, interpretados com voz e guitarra.
No segundo semestre de 2017 lançou os seus primeiros dois singles e vídeos, estando previsto que o próximo seja editado em meados de Abril.
Aline Frazão | 1 Março | 22H | B’Leza
A compositora e cantora Aline Frazão apresenta-se como um dos nomes mais sonantes da nova geração de músicos angolanos, apontando novos caminhos para a música lusófona. Durante 10 anos, Aline Frazão morou em várias cidades longe de Angola, viajou pelo mundo, lançou três discos, compondo e cantando diversas geografias musicais. Regressou a Luanda, onde reside actualmente, no final de 2016. O caminho percorrido num espectáculo de voz e violão.
Celeste/Mariposa | 2 Março | 23H | Casa Independente
Ele é a face mais visível da editora, promotora e projecto de acção cultural Celeste/Mariposa. Wilson Vilares, em DJ set, e o seu irresistível Afro-Baile vai ser o responsável pelo encerramento em jeito de celebração multi cultural da 1.ª edição do Solo Fest.
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Fotografia (Capa) – Fradique