Quando inventou a roda, a humanidade inventou também a viagem: não apenas a ida, definitiva, mas também o regresso e a nostalgia. A roda de Caio, que circula por estradas feitas de melodias folk e de poemas que só o coração entende, tem-nos levado em viagem por mundos tão longínquos quanto lhes permitamos, voltando sempre ao lugar onde é plenamente feliz: a familiaridade. Já assim o era em Desassossego, EP editado em 2016, e no habilmente intitulado Viagem, de 2017.
Volta a sê-lo em Mundo Incerto, álbum novo de um talento enorme em corpo jovem – 20 anos, apenas –, mas com a mesma contemplação serena de um gigante. Porque a viagem esconde dentro de si imensas coisas diferentes: a saudade, o vinho tragado, o adeus, o porto de partida. Só não esconde, isso nunca, o conforto do lar. Um lar ao qual Caio abriu as portas, convidando-nos a passar um serão – daqueles serões que se lembram por muitos anos.
Chegará às lojas em Março o segundo longa duração de CAIO. Mundo Incerto é o segundo tomo no universo cantautoral de João Santos, e foi gravado e misturada por João Alves (Grande Pedrogão, Mundo incerto, Porto (des)sentido), Fábio Jevelim e Makoto Yagyu (Benedita, Procura, Saudade, Vinho, Só mais um adeus).
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