A cidade de Lisboa volta a receber o festival e convenção dedicada à música popular alternativa e independente nos dias 4, 5 e 6 de Abril.
Na sua segunda edição, o MIL – Lisbon International Music Network aposta num cuidado programa artístico que envolve a cidade e conta com mais de sessenta concertos e um programa profissional com duas dezenas de masterclasses, debates e conferências.
Enquanto plataforma de intercâmbio internacional, o MIL é o ponto de encontro de agentes profissionais de todo o mundo, dando a conhecer uma diversidade de artistas e projectos emergentes e alternativos, nacionais e internacionais, com especial foco na produção musical actual dos países de língua portuguesa.
Nas primeiras confirmações lusófonas do festival encontram-se Boogarins, uma das mais proeminentes bandas da nova vaga de indie rock brasileiro, o duo de pop rock Best Youth, Bruno Pernadas, Diron Animal, El Señor, trio de pop rock de Fafe, Fugly, Gonçalo, a violoncelista Joana Guerra, HHY & The Macumbas, Iguana Garcia, Keep Razors Sharp, LaBaq, cantora e compositora brasileira, Luís Severo, MONDAY, alter-ego de Catarina Falcão de Golden Slumbers, Mighty Sands, O Gringo Sou Eu, músico e compositor brasileiro a viver em Portugal que combina elementos de música portuguesa e brasileira, Ricardo Dias Gomes e Whales, trio de electrónica leiriense.
Ao alinhamento juntam-se ainda outros artistas internacionais como os franceses Chapelier Le Fou, Corine, Elbi, Futuro Pelo, KO KO MO, Joon Moon, Naïve New Beaters, Candeleros, quinteto de cumbia e ritmos tropicais espanhol, os italianos Black Snake Moan, o belga Temé Tan, When Airy Met Fairy e a nova promessa do rap canadiano L. Teez, que vem acompanhado pelo DJ e produtor AEON SEVEN.
O programa PRO desta segunda edição introduz um modelo de masterclass, aulas de componente teórico-prática, onde os especialistas convidados vão partilhar a sua experiência e conhecimentos na área e fornecer ferramentas práticas aplicáveis ao seu trabalho.
Keith Vaz (director criativo e ex-criador de conteúdos da VICE), traz-nos uma aula sobre comunicação e criação de conteúdos e Matthew Errington (Director da School of Music Business de Londres) falará sobre estratégias de marketing para bandas.
Às masterclasses juntam-se mais de uma dezena de debates sobre tópicos da actualidade relevantes para as indústrias da música como a digitalização da música, questionando a liberdade e os limites à neutralidade da internet bem como a importância dos metadados; a importância das salas de espectáculo e clubes no tecido cultural das cidades e no circuito da indústria musical; a relevância da crítica musical e quais as estratégias e ferramentas do jornalismo musical da actualidade.
Um conjunto de artistas partilhará as suas experiências em tours DIY e agentes revelarão os métodos de trabalho para colocar artistas num circuito internacional. Num debate que pretende pensar a promoção do hip-hop nacional, rappers vão dar a conhecer as suas estratégias para chegar a milhares de pessoas, recorrendo maioritariamente a meios próprios.
Sendo a música uma das formas de expressão do activismo, artistas e agentes mostram como adoptam uma postura interventiva no seu trabalho, juntando-se à conversa festivais que têm vindo a incorporar no seu quadro de valores uma posição socialmente consciente.
Face às novas acções de financiamento da UE para o sector da música que integram a acção preparatória Music Moves Europe, actores de relevância neste projecto reúnem-se para dar a conhecer os seus mais recentes avanços.
Dado o foco do MIL nos mercados da música de língua portuguesa, estes vão estar em destaque em três debates sobre as oportunidades de colaboração entre Portugal e Brasil, a pesquisa e descoberta dos sons cabo-verdianos e o mercado da música brasileira, apresentado através da experiência dos seus principais agentes.
O MIL vai pôr em contacto agentes, programadores, artistas e editoras, destacando-se os encontros entre portugueses e brasileiros e portugueses e espanhóis, com vista a potenciar oportunidades de colaboração entre estes mercados.
Contamos, por isso, com a forte presença de profissionais da música como Bob Van Heur (Belmont Bookings/Le Guess Who?), Philip Kolvin QC (antigo presidente da Night Time Comission de Londres), Elise Phamgia (Liveurope), Audrey Guerre (Live DMA), Clementine Bunel (Coda Agency), Matthieu Philibert (IMPALA), Fabien Miclet (Consultor de Assuntos Europeus), Fabiana Batistela (SIM São Paulo), Fabrício Nobre (Bananada), David Erlacher (Elevate Festival), Lewis Robinson (Mais um Discos), Alain Lahana (Le Rats de Villes), Dave Judge (Canalaphonic Festival), Miguel Garrido (Charco), Anthony Chalmers (Baba Yaga Huts/Row Pow Festival), Jésus Guisado (Monkey Week), Ricky Thunder e Marco Portello (Swamp Bookings), Bernardo Batzen (Yourope), Marc Lloret (Mercat Musica Viva de Vic), Larry Gott (James), Alan Mcgowan (IQ), Aziliz Benech (MaMA Festival et Convention), Suzanne Combo (La GAM), Rodrigo da Mata (Bossa FM), Matthew Errington (School of Music Business of London), Keith Vaz (Music & Creative Director) e Ivo Purvis (MSTF Partners).
O MIL tem vindo a desenvolver uma rede de festivais parceiros, dos quais fazem parte os festivais MaMA Festival et Convention (Paris), SIM São Paulo (São Paulo), Bananada (Goiana), Mercat Musica Viva de Vic (Barcelona) e MEG Montréal (Montreal). Outros festivais já confirmaram a sua presença nesta edição, como o Le Guess Who? (Utrecht), Elevate Festival (Graz), Monkey Week (Sevilla), Arezzo Wave Festival (Arezzo), Liverpool Music Week (Liverpool) e o Festival Charco (Madrid).
Os Festival Tickets (acesso aos concertos) e os Gold Festival Tickets (acesso aos concertos + festa de abertura do MIL + oferta de totebag MIL) têm um custo de 25€ e 35€, respectivamente, e já se encontram à venda em bol.pt e nos locais habituais. Os bilhetes PRO (acesso aos debates, à lista de participantes profissionais e entrada prioritária nos concertos) custam 60€ e podem ser adquiridos aqui.
+info em millisboa.com .