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Primeira edição do Super Bock Under Fest apresentada em Vigo

A primeira edição do Super Bock Under Fest acaba de ser apresentada na Câmara Municipal de Vigo. O festival, que acontece nos dias 23 e 24 de Março, leva a música à cidade galega, com mais de 20 bandas a actuar em diferentes espaços.

Além da apresentação do conceito do festival, foram igualmente avançados quatro novos nomes: Soledad Vélez, Toulouse, Grandfather’s House e o DJ Romare são as mais recentes confirmações.

Com apenas 19 anos, Soledad Vélez deixou a licenciatura em Arquitectura e o Chile para construir um futuro no mundo da música. No repertório da artista, composto e produzido pela própria, o instrumental quase destrói a prosa conceptual que controla cada uma das suas canções. Como afirma Vélez, a intenção é transmitir “histórias abstractas” que nascem na natureza, na escuridão e nos animais com que se relaciona desde o início da sua carreira. Reflexo disso são também os títulos dos seus trabalhos e o mais recente álbum “Flecha” (2018).

O quarteto de Guimarães, Toulouse, editou a cassete de estreia, “Juice“, em 2015 preparando terreno para a selecção de cores a usar nos passos seguintes, que incluíram o primeiro álbum “Yuhng”, um registo sonhador, enérgico, com um travo naïve. Será difícil o coração oferecer resistência ao que os ouvidos tão simplesmente abraçam: melodias encantadoras e um esgar de quem não vive neste mundo.

Também do Norte de Portugal, os bracarenses Grandfather’s House editaram o EP “Skeleton” (2014), o longa-duração “Slow Move” (2016), e agora o terceiro disco, “Diving“. Com uma sonoridade mais densa, o novo álbum explora as memórias e as emoções contidas nas letras da vocalista Rita Sampaio.

Foi depois de conhecer o trabalho de Romare Bearden que Archie Fairhurst sentiu inspirado a aplicar uma técnica semelhante, mas na música. A Black Acre assinou-o em 2012 e lançou o seu primeiro trabalho “Meditations on Afrocentrism“. Mais tarde, o álbum de estreia “Projections” foi extremamente aclamado pela crítica e estabeleceu Fairhurst como produtor a ter em atenção. “Love Songs: Part Two” mostra Romare a desenvolver a sua técnica e a conseguir construções cada vez mais intensas.

Depois de abrir a Conferência, Abel Caballero, Presidente da Câmara Municipal de Vigo, que se confessou novo fã da cerveja Super Bock, apresentou as diferentes salas do festival: Masterclub, La Iguana, La Fábrica de Chocolate, Magnética, Goma Laca, Mondo Club, Hall Auditório Mar de Vigo, La Casa de Arriba y Mogambo.

Bruno Lopes, Internacional Brand Manager do Super Bock Group falou da presença da marca na música em Portugal, e na extensão desta presença à Galiza, com a promoção de bandas nacionais e internacionais e com o objetivo claro de fazer “algo relevante para a cidade, tornando Vigo o centro do festival”.

Da Sweet Nocturna, David Lago, agradeceu a parceria com a Câmara Municipal e sublinhou a qualidade do cartaz que vai trazer a Vigo bandas como Benjamin Clementine ou Myles Sanko. Frisou ainda a importância de fazer um festival fora da época de Verão, que vai permitir a promoção da cidade e de todas as suas qualidades, avançando aliás que muitas das entradas foram vendidas para fora da Galiza.

No final, João Carvalho, da Ritmos, falou já de um futuro que se promete promissor tendo em conta o sucesso garantido desta primeira edição. Uma vez mais foi feita referência à importância de ter bandas não só internacionais como portuguesas e galegas, transformando o festival num palco de apresentação do que de melhor se faz actualmente.

Com um dos melhores disco do ano, e concertos esgotados por toda a Europa, os Slowdive fazem igualmente parte da programação do Super Bock Under Fest , com o concerto de apresentação do festival, que acontece duas semanas antes, 10 de Março, no Hall Auditório Mar de Vigo, com os Dead Sea.

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Fotografia (capa) –  Super Bock Under Fest