Nos dias 19, 20 e 21 de julho, o Super Bock Super Rock está de regresso para três dias em que a música é tudo o que importa para as milhares de pessoas que vão marcar presença no Parque das Nações, em Lisboa. O que as une é o amor pela música autêntica, desde o hip hop ao rock, passando pela electrónica, pela folk ou até o rock mais psicadélico. Nesta última categoria, há uma confirmação de última hora que promete prender o público do 24º Super Bock Super Rock: os britânicos Temples.
Entre as várias propostas de rock psicadélico da última década, uma das mais interessantes chega da parte dos Temples, dignos representantes do melhor rock inglês da atualidade. Em 2012 o vocalista e guitarrista James Bagshaw e o baixista Tom Walmsley juntaram-se para fazer música. Um pouco mais tarde, chegaram também o baterista Sam Toms e o teclista Adam Smith para completar a formação da banda. Depois de lançarem algumas canções na internet de forma amadora, não demorou muito até que chegasse o contrato com a Heavenly Records. Os singles “Shelter Song” e “Colors To Life” constituíram um excelente cartão de visita da banda de Kettering.
Entretanto, saíram mais singles, começaram as viagens pela Europa, as presenças em festivais e o apoio de algumas figuras da música britânica: Johnny Marr, Robert Wyatt e Noel Gallagher foram alguns dos notáveis que mostraram admiração pela música dos Temples. O disco de estreia, “Sun Structures”, editado em 2014, fez com a banda crescesse ainda mais, ganhando o respeito do público e da crítica especializada. Os Temples oferecem canções que nos remetem para as décadas de 60 e 70, com ecos de Beatles, Love ou Byrds, mas sem nunca parecer forçado e sem tirar os pés do presente – e por isso também ouvimos a influência de bandas como os Tame Impala.
Em 2017, lançaram o seu segundo disco. “Volcano” mantém a identidade da banda, mas reforça a componente pop, com mais electrónica ao serviço de canções de todas as cores. “Certainty”, “Born into the Sunset” e “Roman God-Like Man” são temas para ouvir vezes sem conta, e também no dia 19 de julho no Super Bock Super Rock.
Devido a circunstâncias imprevistas da artista, TORRES não vai poder atuar no Festival.
A anteceder esta confirmação, tivemos também as confirmações de Stormzy, The The, The Parkinsons, Profjam, Isaura, Songhoy Blues e DJ Big.
Prémios, nomeações, milhares de discos vendidos, recordes batidos na internet e a crítica especializada a seus pés fazem de Stormzy um dos homens do momento. Com origem ganesa, Michael Omari (o nome verdadeiro do rapper), começou a cantar bem cedo e na escola era capaz do melhor e do pior: às vezes era expulso das aulas, outras vezes tirava nota máxima. Eis, então, duas das características que acabam por marcar o artista de hoje: uma irreverência capaz de deixar alguns à beira de um ataque de nervos (veja-se a mais recente polémica com Theresa May, primeira-ministra britânica), mas também uma ética de trabalho que o leva a conseguir tanto em tão pouco tempo (faz apenas 25 anos em julho).
https://www.youtube.com/watch?v=yNtZ5ZG9oxo
Influenciado por nomes como Drake ou Kanye West, quando corria o ano de 2013, Stormzy começou a fazer o upload da sua série de freestyles, “Wicked Skengman”, disparando as suas palavras mais afiadas sobre batidas clássicas de grime. E em 2014 estreou-se com o EP “Dreamers Disease”. Além da música, o rapper também se destaca por criar as próprias regras e quase não depender de ninguém para divulgar a sua música. Ganhou um prémio da Associação de Música Independente e nas palavras da BBC “nenhum outro artista aperfeiçoou tanto o modelo do mercado da música atual…”
Em 2017 editou “Gang Signs & Prayer”, um sucesso imediato, ao ponto de conseguir colocar todas as músicas no top 50 do Spotify – um feito inédito até então. Tudo é pensado ao pormenor nas 16 faixas deste registo de estreia de Stormzy, cada palavra e cada beat não está ali por acaso, mas faz parte de um conceito artístico totalmente idealizado por Stormzy (a capa, por exemplo, é uma interpretação da “Santa Ceia” de Leonardo da Vinci). Temas como “Big for Your Boots”, “Cigarettes & Cush” e “Don’t Cry for Me” não deixam qualquer dúvida relativamente à capacidade do rapper. E, entretanto, à boleia deste disco, mais dois prémios: Brit Awards 2018 na categoria de Melhor Artista Britânico e Melhor Álbum Britânico. E o ano só pode continuar a correr de feição para Stormzy, com o concerto de estreia em Portugal aquando da próxima edição do Super Bock Super Rock. É para marcar na agenda: dia 21 de julho, no Palco Super Bock.
Os The The assumiram várias formas e tiveram várias formações ao longo dos anos. Sempre com Matt Johnson, claro, o homem que se confunde com a própria banda e que arrancou com o projeto no final da década de 70. Depois de uma infância passada no pub que pertencia ao seu pai, o mítico “The Two Pudding”, em Stratford, entre personagens noturnas e bandas rock, o jovem Matt precisou de partilhar um universo que se formou na sua cabeça, cheio de histórias de vida e muitas canções em resposta.
“Burning Blue Soul”, editado em 1981, foi assinado apenas por Matt, mas é considerado o ponto de partida para toda a discografia dos The The, na altura com vários elementos da cena underground britânica e até alguns membros da banda Wire. Desde aí nunca mais pararam de editar discos e é impossível um bom melómano não se lembrar de lançamentos como “Soul Mining” (1983), “Infected” (1986), “Mind Bomb” (1989) ou “Dusk” (1992), registos que marcaram musicalmente as décadas de 80 e 90 do século passado.
Pela formação da banda já passaram muitos músicos, com diferentes sensibilidades artísticas (J. G. Thirlwell, Jools Holland, Steve Hogarth, Thomas Leer, Sinéad O’Connor, Neneh Cherry e até o mítico Johnny Marr da banda The Smiths.). Tal facto não é um mero acaso ou um fruto das contingências, mas faz parte do próprio plano de Matt Johnson para a banda, inspirado no modelo da Plastic Ono Band. Essa diversidade, juntamente com criatividade fervilhante e quase neurótica de Matt, resultou numa banda capaz de integrar muitas coisas diferentes no som que foi produzindo ao longo dos anos. Ao mesmo tempo que parece integrada no movimento pós-punk e new wave do início da década de 80, também sempre pareceu ocupar um espaço só seu, onde synthpop, pop e rock psicadélico podem conviver alegremente.
“Heartland”, “The Beaten Generation” ou “This is the Day” são clássicos que se mantêm vivos ainda hoje e que vão ser cantados, alto e bom som, no dia 21 de julho no 24º Super Bock Super Rock.
Em Coimbra não há apenas fado e música académica. De Coimbra também já saíram bons exemplares do melhor rock português e os Parkinsons são um bom exemplo. O baixista Pedro Chau e o guitarrista Victor Silveira, conhecido como Victor Torpedo, tiveram a ideia para esta banda, depois de terem feito parte da história dos Tédio Boys (e feito história com eles). No ano de 2000 trocaram Coimbra por Londres, em busca do espírito punk da capital londrina, e foi lá que a formação da banda conheceu dois novos elementos: o baterista Chris Low e o vocalista Afonso Pinto.
Depressa ficaram conhecidos pelas suas atuações incendiárias. A entrega era tanta que o derramamento de sangue não era apenas por uma metáfora para a alta energia dos músicos: sentia-se mesmo no corpo de cada um deles. Estrearam-se em disco com “A Long Way To Nowhere”, produzido por Jim Reid e Ben Lurie da mítica banda Jesus and Mary Chain. O sucesso junto da crítica foi imediato e o site britânico NME chegou mesmo a compará-los aos Stooges. Seguiram-se outros discos e mais capítulos de uma história incrível, registada num documentário realizado por Caroline Richards. A banda que já foi considerada por algumas pessoas como a “melhor banda ao vivo de sempre”, está de regresso aos discos e aos concertos em 2018. O dia 19 de julho do 24º Super Bock Super Rock é uma boa oportunidade para conhecer “The Shape Of Nothing To Come” e para celebrar uma carreira cheia de rock.
Em miúdo decorava as letras de Eminem e Jay-Z sem ainda perceber bem o seu significado; hoje afirma-se como um dos principais nomes a seguir no hip hop português. ProfJam sempre gostou de ‘encaixar rimas’ e acabou por dar nas vistas na Liga Knock Out. Esse talento provou-se mais uma vez com o lançamento da mixtape “The Big Banger Theory”.
Em março de 2016 criou a sua própria editora, a Think Music Records, e lançou o seu mais recente trabalho, “MIXTAKES”, um registo que é marcado pelo sucesso do single “Queq Queres”. Depois de estudar a lição em Londres no curso de produção e engenharia musical da SAE (School of Audio Engineering), ProfJam voltou a Portugal e tem vindo a protagonizar momentos incríveis nos melhores palcos nacionais. Em 2017 editou singles como “Xamã”, que conta com mais de 2 milhões de visualizações, e “Mortalhas”, com mais de 900 mil. Outra prova do seu sucesso e reconhecimento artístico são também os convites para participações no trabalho de outros. O single “Pensa Bem” dos D.A.M.A conta mais de 4,5 milhões de visualizações. Neste momento, ProfJam encontra-se a preparar o seu álbum de estreia, planeado para final de 2018 e editado pela sua Think Music Records. Dia 20, o público do Super Bock Super Rock pode ficar a conhecer estas novidades do rapper português.
Isaura estreou-se em dezembro de 2014 com a música “Useless”, cujo videoclip recebeu mais de 100 mil visualizações no YouTube e chamou a atenção para uma das mais preciosas revelações nacionais dos últimos anos. Seguiu-se “Change It”, editado pela Universal Music Portugal, ao abrigo da parceria com a plataforma Tradiio. “Change It” reforçou a surpresa, tendo conquistado mais de 170 mil visualizações, antecipando o sucesso da edição do EP “Serendipity” em Maio de 2015.
Depois de ter assinado contrato com a Universal Music, surge mais uma recompensa do bom trabalho de Isaura: é a compositora e co-intérprete de “O Jardim”, a canção que representa Portugal na final do Festival da Eurovisão de 2018. E entretanto há também novo disco. “Human” já tem dois singles: “I Need Ya” e “Busy Tone”. É caso para dizer que estão reunidas as condições para que a irresistível pop eletrónica de Isaura continue a conquistar os portugueses. O próximo capítulo dessa história de amor está marcado para dia 21 de julho, no Super Bock Super Rock.
Sabemos que cada banda tem a sua mitologia, mas poucas podem contar uma história (real) tão forte como aquela que foi vivida pelos Songhoy Blues. Obrigados a fugir do norte do Mali por causa da violência exercida por fundamentalistas islâmicos, Garba Touré, Aliou Touré, Oumar Touré e Nathanael Dembelé encontraram-se uns aos outros na capital Bamako, onde também reencontraram a preciosa liberdade de fazer música.
A riqueza da música do Mali em conjunto com as melhores referências anglo-saxónicas resultam aqui num magnífico blues do deserto. Garba Touré, guitarrista do grupo, assume as influêncas: Beatles, Jimi Hendrix, John Lee Hooker e, claro, o inevitável Ali Farka Touré. Depois do sucesso do disco de estreia, “Music in Exile”, os Songhoy Boys voltam a juntar blues, funk e rock & roll no novíssimo “Résistance”. Mas arriscam mais ingredientes: uma pitada de hip hop e reggae fazem com que o convite à festa seja ainda mais irresistível. Temas como “Bamako” ou “Yersi Yada” estão aí para provar. Está visto que os Songhoy Blues são mais um motivo de interesse para marcar presença no dia 19 de julho no Palco Somersby do Super Bock Super Rock.
Umas das principais referências do hip hop nacional, BIG é também conhecido como “The Party Rocket”, o que nos diz muito sobre a potência dos seus sets, autênticas viagens pelo mundo do hip hop e do trap, desde o mais old school até àquilo que de mais interessante se vai fazendo na atualidade. Já colaborou com alguns dos principais nomes do hip hop nacional, quer seja em disco ou em mixtapes, quer seja ao vivo. Na lista estão nomes como Sam The Kid, Regula, Dealema, Valete, DJ Ride, entre muitos outros…
É também conhecido por ser o DJ oficial de Kappa Jotta. Neste momento BIG é um dos DJs mais requisitados na zona de Lisboa, contando com presenças em todo o país. Chegou a vez do público do Super Bock Super Rock, dia 21 de julho no Palco Somersby.
Já confirmados:
19 de julho
Palco Super Bock – The xx, Justice, Tributo “Who The F*ck is Zé Pedro?”
Palco EDP – The Vaccines, Lee Fields & The Expressions, Parcels, Temples, The Parkinsons
Palco Somersby – Mahalia, Songhoy Blues
Palco LG by Rádio SBSR – Mirror People, Filipe Sambado e os Acompanhantes de Luxo, Vaiapraia e as Rainhas do Baile
20 de julho
Palco Super Bock – Travis Scott, Anderson .Paak & The Free Nationals, Slow J
Palco EDP – Tom Misch, Oddisee & Good Compny, Princess Nokia, Olivier St. Louis, ProfJam
Palco Somersby – The Alchemist, Pierre Kwenders
Palco LG by Rádio SBSR – Ermo, Luís Severo, Virtus
21 de julho
Palco Super Bock – Julian Casablancas & The Voidz, Benjamin Clementine, Stormzy
Palco EDP – The The, Baxter Dury, Sevdaliza, Isaura
Palco Somersby – Sofi Tukker, DJ Big
Palco LG by Rádio SBSR – Pop Dell’Arte, Keep Razors Sharp, Sunflowers
Preço dos Bilhetes
Até 30 de junho :
Passe 3 dias – 109€
Bilhetes Diários – 55€
Passe VIP + Front Stage –260€
Bilhete Diário VIP + Front Stage – 150€
A partir de 1 de julho:
Passe 3 dias – 114€
Bilhetes Diários – 60€
Passe VIP + Front Stage –265€
Bilhete Diário VIP+ Front Stage – 155€
Locais de Venda
Blueticket,Call Center Informações e reservas 1820 (24 horas), ABEP, Bilheteiras da Altice Arena, rede Pagaqui, FNAC e em bilheteira.fnac.pt, Worten, Phone House, ACP, El Corte Inglés, Turismo de Lisboa.
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Promotor – Música no Coração