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Márcia, Janeiro, Momo, Kimi Djabaté, Os Compotas e /Lucas fecham cartaz da 7.ª Edição do Belém Art Fest

Belém Art Fest, Festival dos Museus à Noite, vai tomar de assalto os mais emblemáticos espaços da cidade nos dias 27 e 28 de Julho.

Noiserv, Suave, Beatriz PessoaJoão BerhanChurkyPEDROProgressivu, são as mais recentes confirmações para dia 27 de Julho. Para dia 28 de Julho Márcia, Janeiro, Momo, Kimi Djabaté, Os Compotas e /Lucas, são os artistas que completam o cartaz.

Noiserv, conhecido como “o homem-orquestra” ou “banda de um homem só”, actua dia 27 de Julho nos Jardins do Palácio de Belém. Com um percurso bem vincado os seus temas viajam entre a memória o sonho e a realidade. Na bagagem conta com o bem-sucedido disco de estreia “One Hundred Miles from Thoughtlessness”, 2008, o EPA Day in the Day of the Days”, 2010, e o disco“Almost Visible Orchestra”, editado em Outubro de 2013, e considerado “Melhor Disco do Ano” pela Sociedade Portuguesa de Autores. Ao Belém Art Fest o músico traz o mais recente trabalho de originais, com o nome “00:00:00:00”.

Também no mesmo dia, nos Jardins do Palácio de Belém, actua Suave. Suave é o novo projecto de Nick Suave (ex-Nick Nicotine, dos Nicotine’s Orchestra). Após quase duas décadas a ser referencia incontornável no panorama mais alternativo do rock and roll nacional, Nick pega na energia que o contagia e apresenta o disco “Português Suave”. Este trabalho apresenta uma aproximação a universos sonoros que Nick já havia explorado no passado, mas, desta feita, cantando num português directo e, claramente, apontado aos corações. Com a sua voz característica, Nick canta variações sobre o tema do amor alicerçadas numa música onde se conseguem ouvir claramente as suas maiores influências: Motown e o rock and roll mais antigo, mas sem qualquer pretensão ao revivalismo. Música intemporal, com os pés assentes confortavelmente em 2018.

Beatriz Pessoa vai, neste dia, encher o Palco do Museu de Arqueologia com a beleza e a força de uma voz inconfundível. O EP “Insects” apresentou Beatriz Pessoa. Canções delicadas de toada jazz com força jovial e feminina como o caso de “You Know”, o primeiro tema de avanço, que tem honras de estar presente na compilação Novos Talentos FNAC 2017. Apresentações em salas como a Casa da Música (Porto), NOS Alive’18, e a presença em eventos de relevo um pouco por todo o País, reforçam que se está perante um dos mais promissores talentos da música portuguesa.

Já o Picadeiro Real no antigo Museu dos Coche, recebe no primeiro dia do festival, João Berhan. Berhan é basco, ou etíope, ou persa. João é de Lisboa. Em 2010, deixou de entulhar tribunais com insolvências e virou-se para as canções. Gravou em casa um inopinado e incógnito disco de estreia (Toda a Gente a Fugir para a Frente, 2012) e cantou-o pelo país. Para chegar a 2018, serviu à mesa, praticou apneia nas profundezas disruptivas do corporate marketing impactante, escreveu canções sobre isso (esta parte é mentira) e fez um filho. Tudo por gosto. O resultado deste trajecto rigorosamente sinuoso é o seu segundo longa-duração (o da consagração, segundo os teóricos), composto com doce indolência e gravado por pura gentileza – com Diogo Picão e Ricardo Ribeiro nos sopros, Baltazar Molina e Miguel Gelpi nos ritmos, Teresa Campos nas vozes. Canções raras. Com coisas para dizer, para orelhas que as queiram ouvir.

O Museu da Presidência, recebe no primeiro dia do festival a promissora voz de Diogo Alexandre da Silva Rico Rodrigues, conhecido por Churky. O cantor, guitarrista, compositor e produtor musical português começou a sua carreira em 2007, com 13 anos de idade, como vocalista e guitarrista dos Blacknoises, primeira banda de covers que actuava geralmente em bares. No início de 2015, enquanto estava em estúdio a gravar as primeiras músicas, participa no Festival da Canção como compositor de “Mal Menor”. Interpretada pelo tenor José Freitas. A 15 de Novembro sai então, o seu disco de estreia. “Golden Riot”, com selo independente e gravado em Leiria, com a produção a cargo de Nuno Simões, com 11 temas originais. Os principais singles foram “I Just Wanna Disappear”, “Pray” e “Honeymoon” e “I Wanna Play The Blues”. A tour de apresentação, passou não só por Portugal, mas também por Espanha, França, Irlanda, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos.

O Museu Coleção Berardo, que já tem habituado os fãs a receber as melhores sonoridades electrónicas irá contar com mais duas confirmações de peso no dia 27. PEDRO é o produtor e DJ de Lisboa anteriormente conhecido por KKing Kong. Nascido e criado na Damaia, o contágio das batidas que se ouvem no seu bairro foi inevitável e contribuiu muito para a banda sonora da adolescência do produtor da Linha de Sintra, cuja influência celebra desde as primeiras batidas saídas do seu quarto em 2013, até aos lançamentos recentes onde afirma uma sonoridade única e inconfundível que o coloca na linha da frente da revolução electrónica lisboeta. Fortes batidas sincopadas e algumas das linhas melódicas mais hipnóticas e contagiantes a sair dos subúrbios de Lisboa formam sua visão altamente pessoal da música de dança electrónica, que já resultou em hinos de pista globais como os recentes ‘Damaia’ ou ’Drenas’.

​Ainda neste dia, é a vez de Progressivu tomar conta dos pratos. Mário Costa apresentou-se ao público como Progressivu em Fevereiro de 2016 nas Hard Ass Sessions, as festas da Enchufada no Lux Frágil. Presença assídua nestas festas e seguidor da cena afro, começou por destacar-se no dancefloor até dar o salto para a cabine de DJ. Em 2017 começou as festas “De Surra”, com PEDRO, e lançou os seus primeiros trabalhos na produção.

Márcia, considerada artesã de canções, actua dia 28 de Julho nos Jardins do Palácio de Belém. Foi em 2009 que a cantora se estreou com um EP chamado “Márcia” de apenas cinco temas. No ano seguinte lança “”, que se tornou num pequeno fenómeno de popularidade, com uma nova versão do tema “A Pele Que Há em Mim”, em dueto com JP Simões. Este tema contou com mais de dois milhões de visualizações no YouTube.  Após o segundo álbum, “Casulo”, que recebeu a colaboração de Samuel Úria, a sua carreira progrediu para o Brasil para gravar com grandes nomes da música brasileira. Márcia encontra-se neste momento a trabalhar num novo registo de originais.

No mesmo dia, o Claustro do Mosteiro dos Jerónimos, recebe Janeiro. O Compositor e músico português, apresentou em 2015 o EP de estreia “Janeiro”, gravado no seu “homestudio” improvisado e que fez notar as suas influências do fado e do jazz, mas também da R&B electrónica. Com este EP passou por alguns dos mais importantes palcos em Portugal, com as participações de Ana Bacalhau e Salvador Sobral. No final de 2017, lançou o single de apresentação “Canção Para Ti” do novo disco de originais a sair em 2018. Tema que tem tido uma recepção calorosa por parte do público e deixa antever um trabalho com canções Pop em português, influenciado pela Bossa Nova, pelo Jazz e a música electrónica. Ainda em 2017 é convidado por Salvador Sobral para compor um tema para o Festival da Canção 2018 e decide interpretar a sua própria canção, que intitulou de “(sem título)”. A 01 de Junho de 2018 lançou o LP de estreia, “Fragmentos”.

Momo, alcunha musical de Marcelo Frota, actua dia 28 de Julho no Picadeiro Real.  O cantor e compositor traz consigo o mais recente disco “Voá” produzido juntamente com Marcelo Camelo.  Este quinto trabalho inclui colaborações com Rita Redshoes e com o compositor brasileiro Wado. Os antecedentes álbuns “A Estética do Rabisco” (2006), “Buscador” (2008), “Serenade of a Sailor” (2011) e “Cadafalso” (2013) mereceram o aplauso da imprensa internacional e o reconhecimento do prestigiado jornal O Globo. O artista integra a colectânea “A Tribute to Caetano Veloso” com a música “Alguém Cantando”, ao lado de nomes como Rodrigo Amarante, Beck, Ana Moura e Marcelo Camelo, entre outros. Juntamente com Wado e Cícero, Momo gravou em Lisboa em 2013 o trabalho “O Clube” que celebrou o encontro dos três brasileiros com os artistas portugueses Fred Ferreira (Banda do Mar, Orelha Negra), Diego Armés (Feromona, Chibazqui), Bernardo Barata (Diabo na Cruz) e Alexandre Bernardo (Laia). Marcelo Camelo elogia Momo como “um ouro da nossa geração”, com sua voz de veludo e seu violão de marinheiro”, “Um canto tão particular quanto profundo, mas num registro de beleza universal”.

O Museu Nacional de Arqueologia recebe ainda neste dia 28 Kimi Djabaté, músico e compositor, oriundo da Guiné-Bissau. O artista, que veio para Portugal em 1994, ainda continua dedicado à música com que cresceu no seu país de origem, embora desenvolva o seu trabalho com inúmeras participações e influências internacionais. Em 2005, lançou o primeiro álbum a solo, “Teriké” e com o segundo álbum “Karam”, Djabaté retrata África, tendo como tema central as realidades sociais e políticas, uma homenagem ao povo que está no coração da sua música.

Os Compotas são uma banda de “irmãos” que se juntaram ao Groove em 2012 e vão espalhar o Funk pelos Jardins do Palácio de Belém dia 28 de Julho. Da costa sul de Portugal, chegam a Lisboa, fora das suas raízes originais, com uma força inacreditável por trazer alguns dos maiores clássicos do Funk e novos temas originais que vão poder ser degustados ao vivo.

Neste mesmo dia atua no Museu da Presidência, /Lucas, uma das metades de Medeiros/Lucas, num concerto a solo de voz e guitarra. /Lucas é o nome óbvio para a incursão a solo de Pedro Lucas, que ao longo dos anos foi acompanhando caseiramente os seus projectos com composições e exercícios no seu instrumento de eleição. Sem efeitos, por vezes com uma linguagem crua, outras de forma mais rendilhada, /Lucas abraça-se à guitarra e deixa-se levar por temas que vão das melodias mais simples à improvisação agreste.

Artistas confirmados: Beatriz Pessoa, Churky, Conan Osiris, Darksunn, Dengue Dengue Dengue, Funkamente!, Janeiro, João Berhan, JP Simões, Kimi Djabaté, Lianne La Havas, /Lucas, Marcelo Camelo, Márcia, Mike El Nite, Momo, Monster Jinx ft Darksunn + J-K, Noiserv, Os Compotas, PEDRO, Progressivu, Kimi Djabaté, Selma Uamusse, Suave, Témé Tan, Tomara e Kastrupismo.

HORÁRIOS

Belém, o mais importante eixo cultural da cidade, vai receber durante dois dias um cartaz de luxo com concertos únicos no Claustro do Mosteiro dos JerónimosMuseu Colecção BerardoMuseu Nacional de ArqueologiaPicadeiro Real, Jardins do Palácio de BelémMuseu da Presidência da República e ainda no Jardim da Praça do Império. Junta-se a esta programação exposições, visitas guiadas nocturnas, street food e artesanato.

Esta iniciativa é uma produção da Amazing Adventure em parceria com a Everything is NewDirecção-Geral do Património CulturalMuseu Colecção BerardoCâmara Municipal de LisboaMuseu da Presidência da Républica, e Junta de Freguesia de Belém.

MAPA

+info Belém Art Fest

Fotografia (capa) – Vera Marmelo | Nick Suave