A ânsia pela chegada ao outro lado do rio é sempre grande e a viagem é sempre longa em comparação com as horas rápidas que se vivem dentro do Grupo Desportivos Os Ferroviários.
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A sexta-feira, dia 2 de Novembro e terceiro dia de Barreiro Rocks, começou com uma estreia de palco. Os ALGUMACENA são o Ricardo Martins na bateria e o Alex D’Alva Teixeira na guitarra, baixo e voz. Juntos constroem um instrumental poderoso acompanhado de letras cantadas em português com um manto de intervenção por cima e uma loop station. Transportam boa energia, mas ainda com todo um trilho para traçar.
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’18 dia 02Nov ALGUMACENA
De seguida a energia explosiva dos nortenhos Fugly e o seu garage electrizante. Foram 45 minutos de uma bateria incansável e riffs inquietantes. As faixas rápidas e ferozes não nos deixavam parar e a vontade de saltar aumentava a cada nota. Uma coisa é certa, estes miúdos, que dizem tocar pior quando estão sóbrios, são audazes e têm pêlo na venta! Não se enganem pois tocam muito melhor quando não estão bêbados.
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’18 dia 02Nov Fugly
O momento bizarro da noite acontecia com Vaiapraia & As Rainhas do Baile que deixou boquiaberto quem não conhecia esta performance musical. Rodrigo, um excêntrico animador, tem o talento de saber entreter as pessoas. O trio toca uma música esquizofrénica que mistura o punk com o garage e o pop com o estranho. As qualidades vocais não são muitas e o instrumental pouco fica atrás mas o encanto está no assumir isto tudo e ser genuíno naquilo que se faz. A verdade é que não entrou nem, tampouco, entranhou.
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’18 dia 02Nov Vaiapraia & As Rainhas do Baile
O melhor da noite estava para vir! King Khan, outro excêntrico, já anda há muitos anos nestas lides do garage e do punk. Desta vez fez-se acompanhar dos grandes e sábios Louder Than Death (dos quais faz parte a baterista de Magnetix que ia tocar no dia seguinte). Baixo, guitarra, bateria, voz e uma garra que vem das entranhas! A presença destas figuras intimida e, ao mesmo tempo, revela-se como o fruto proibido que tanto gostamos de trincar. O poder de um verdadeiro Rei apoderou-se do palco e, de súbito, fomos invadidos pelo calor sonoro tamanha energia que saia pelas colunas. As músicas curtas, rápidas e directas criavam em nós espasmos corporais e guiavam-nos ao caminho da loucura e perdição. Dedicou músicas aos polícias, às mulheres e aos filhos da mamã enquanto nos explodia o coração e a mente. O mosh era cada vez maior e mais agressivo e, quase de certeza, que a todos nos apetecia participar nele. Antes do encore o baixista vai tocar em modo crowdsurfing.
+ fotos na galeria Barreiro Rocks’18 dia 02Nov King Khan Louder Than Death
Depois deste frenesim e da falta de ar, a energia contagiante continuou no bar com os selvagens do rock Tiger Picnic e, ainda, o DJ Set de Candy Diaz
O dia ia longo e as energias precisavam de ser repostas para o último e melhor dia de festival.
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Evento – Barreiro Rocks 2018
Promotor – Hey, Pachuco – Associação Cultural
