2019 começa a todo o gás. O blogue BranMorrighan comemora o marco de uma década e a sua criadora e editora, Sofia Teixeira, está também prestes a entregar a sua tese de doutoramento. Razões para comemorar não faltam. Quem já costuma seguir o corvo sabe que o BranMorrighan é um blogue que tem como missão transmitir de forma apaixonada o gosto pela música emergente portuguesa. As festas de aniversário acabam por ser a desculpa perfeita para sair do virtual para o real e materializar essa mesma montra de destaques. Na comemoração da primeira década de vida, o Musicbox será mais uma vez palco tanto de promessas como de certezas da música portuguesa. Ora espreitem o cartaz de luxo.
Jerónimo, c/ participação especial de Surma: são três irmãos que cresceram juntos e que sempre se dedicaram à música mas nunca tinham tocado juntos: Gil dos Les Crazy Coconuts, Nuno dos Few Fingers, e o Luis que vem dos Nice Weather For Ducks. Em comum sempre tiveram o nome de família, Jerónimo. Agora têm também um projecto a três com um punhado de grandes canções que navegam com um rumo muito fixo no formato de canção, conduzido pelas várias correntes que eles trazem para o projecto. Nesta noite especial trazem com eles Surma, prometendo uma actuação especial em que cruzam temas criando versões únicas para as suas canções.
Ricardo Remédio: numa natureza-morta, o objecto inanimado – seja ele um vaso, uma jarra, uma peça de fruta – ocupa o todo da representação artística; por força e alma do poeta, do pintor, do escultor, o objecto desdobra-se aos olhos de quem vê, sente-se como se pudesse ser tocado na sua forma real e não conceptual, respira através da sua própria inacção. Se a representação for musical, até a maquinaria pode ganhar vida e soar real. Daí o título para o álbum de estreia de Ricardo Remédio, uma espécie de ponto final parágrafo na carreira do português, que assim passa a assinar com o seu nome próprio.
Produzido por Daniel O’Sullivan (Mothlite, Grumbling Fur, Ulver) e masterizado por James Plotkin (Khanate, OLD, Scorn), “Natureza Morta” é uma viagem pelo coração da máquina, vibração techno-industrial que não procura simplesmente o ouvinte: alimenta-se dele, qual quadro canibal. Dia 18, no Musicbox , apresentará não só temas do Natureza Morta como também temas inéditos.
Grandfather’s House é uma banda de Braga que surge em 2012. Com Tiago Sampaio na guitarra, Rita Sampaio nos sintetizadores e voz e Ana João Vieira na bateria, contam até hoje mais de 300 concertos dados por todo o país e internacionalmente. Com o seu primeiro EP “Skeleton“, editado em 2014, percorrem Portugal na sua promoção. Em 2016, editam o longa-duração, “Slow Move“, sendo aclamados pelo público e pela crítica – tendo, com este, lançado dois singles – “Sweet Love Making” e “My Love“.
Lançaram o seu terceiro disco – “Diving” -, em Setembro de 2017, resultado de uma residência artística no espaço GNRation (Braga) contando com as participações de Adolfo Luxúria Canibal, Nuno Gonçalves e Mário Afonso, na voz, teclados e saxofone, respectivamente. Com um método de composição mais complexo, que contou com a participação de mais um elemento em todos os temas – o músico convidado, Nuno Gonçalves (teclas) – a banda, explora assim, uma sonoridade mais densa. O disco foi extremamente bem recebido, tendo sido considerado um dos discos do ano para vários meios de comunicação nacional.
No Musicbox prometem um concerto especial e mostram porque são já uma certeza na música portuguesa.