A menos de um mês do regresso do Super Bock em Stock à Avenida da Liberdade, em Lisboa, está completo o cartaz e já são conhecidos os dias e as salas em que atuam todos os artistas e bandas que dão forma à edição de 2019 do Festival!
As novas confirmações sublinham uma das suas imagens de marca, a aposta forte na música nacional ou cantada em português, com Alfredo da Costa, Ditch Days, Light Gun Fire, Lot, Loyal Luís Severo num concerto especial com Convidados, Mar & Sol Soundsystem, Marinho, Meses Sóbrio, Niki Moss, Murta, Polivalente, Stckman e Vum Vum.
Estão também confirmados o quarteto britânico Loyal e as bandas escocesas Lylo e Sweaty Palms, as duas últimas para o Super Bock Bus, que circulará pela Avenida da Liberdade e que conta este ano, pela primeira vez, com um alinhamento de artistas internacionais.
Nascido em Cabo Verde, Alfredo veio para Portugal com 7 anos. Filho de um dos melhores guitarristas da sua geração e de uma senhora apaixonada pelo teatro e pelo fado, Alfredo da Costa cresceu a ouvir Amália Rodrigues e Cesária Évora, por influência de sua mãe, e Pink Floyd, Genesis, Michael Jackson, Prince, The Police, por influência do irmão.Durante dez anos Alfredo foi vocalista da banda Skills and The Bunny Crew. Anos mais tarde lançou o seu primeiro álbum, “Musa de Guerra“, que teve como singles “Grita Por Mim“, “Valsa” e “Princípio do Nada“.
Em 2019, Alfredo decidiu arriscar de vez o percurso a solo. “Vaso Ruim” e “Amália” são alguns dos temas novos que prometem conquistar o público do Super Bock em Stock.
Os Ditch Days são de Lisboa, mas esse é só o ponto de partida para as suas viagens. As canções do álbum de estreia, “Liquid Springs“, perdidas entre o dream-pop, o rock alternativo dos 90s e o indie, levaram-nos até ambientes imaginários, onde a natureza solarenga se funde com cenários urbanos envolvidos por texturas cinematográficas.
Depois de uma série de três singles que inclui “Downtown“, e que conta com a participação de Calcutá, “Seth Rogen” e “Even If You Know“, uma contemplação shoegaze com voz feminina emprestada pelos vizinhos espanhóis de dream pop Terry vs Tori, a banda prepara-se agora para editar um novo EP, com lançamento previsto para o início de 2020, e que será tocado pela primeira vez e na íntegra nesta edição do Super Bock em Stock.
Light Gun Fire é um projeto musical que nasceu em 2015. Inicialmente arquitetado por “Cam8es” ou Luís Grade Ferreira (voz) e YANAGUI ou Gui Salgueiro (teclas), mais tarde reuniu ainda João Pestana (baixo) e João Freitas (Bateria). O projeto ganha forma quando estes se juntam a diversos produtores e songwriters, nacionais e internacionais, já tendo trabalhado com nomes como Agir, MINX, Iccarus, Andrezo, Lucas Estrada, entre outros.
O estilo que melhor os define é o pop eletrónico, influenciado por sonoridades como o funk, soul, disco e r&b. Têm editados os singles “Moon and Back”, All on You”, “Closer”, “Running Home”, “Upside Down” e em setembro de 2019, editaram “Never Know”.
Depois de um ano de trabalho em estúdio, Pedro Sacchetti e José Evangelista voltam a apresentar-se ao vivo em Lisboa. Com novo formato em palco, o duo Lot prepara-se para apresentar novas músicas.Com mais profundidade, atmosferas eletrónicas e uma nova energia rítmica, as canções mantêm a simplicidade, as melodias melancólicas e estruturas simples.
Contam com influências como Disclosure e Nicholas Jaar, adicionando lufadas de York, Blake ou Faker. Os Lot estão a preparar um novo álbum para 2020 e um novo single que iremos conhecer ainda antes do final deste ano.
Este misterioso quarteto britânico começou a dar nas vistas em 2015 com o single “Blue & the Green“, uma bela peça de r&b mais alternativo, meio sombrio e atmosférico. A faixa causou burburinho entre os mais atentos, mas nada foi dito sobre os autores, nem sobre o seu percurso, nem sobre a sua identidade. Sabia-se, no entanto, que eram influenciados pela cultura da música de dança, Kate Bush e os filmes de Stanley Kubrick. “House For You”, editado em 2016, o segundo single a causar impacto, contou com a mesma paixão e energia que viria a caracterizar os Loyal ao longo destes quatro anos.
Em 2017, depois de mais um sucesso, “Tower Over All“, dedicaram-se aos palcos e finalmente decidiram revelar a sua identidade. Entretanto, Alex Cowan, Beth Molly Moore, Jimmy Day e Larence Allen continuam a sua missão de trazer os anos 90 para o futuro, transformando os Loyal numa banda difícil de imaginar, mas pela qual é muito fácil ficar apaixonado.
Luís Severo e Convidados
Depois da notável estreia em 2015 com o independente “Cara d’Anjo“, Luís Severo editou em 2017 o segundo disco, homónimo, que o levou aos lugares cimeiros das listas anuais da imprensa e aos mais emblemáticos palcos e festivais do país. Com apenas dois álbuns editados, era já um dos nomes consensuais da escrita de canções da sua geração, mas não foi por isso que deixou de surpreender.
Do choque concordante entre o acústico e o eletrónico, da contenda conciliante lírica e de todos os contrastes imagéticos, Luís Severo afasta-se do que já por si foi feito e, sem nunca perder o centro que o particulariza, chega assim, em 2019, com o seu terceiro disco, “O Sol Voltou”. Segundo o próprio Luís Severo, este é o seu “disco mais pessoal e confessional“. Este registo “é mais amor e menos paixão, mais família e menos multidão, mais vida mas também mais morte“.
Para o Super Bock em Stock prepara uma apresentação especial com as canções do recente ‘”O Sol Voltou“, passando também pelos discos anteriores. Na versatilidade que já lhe é habitual, convidou para esta edição do Super Bock em Stock um trio de cordas (harpa, violoncelo e contrabaixo), dando uma nova roupagem a algumas das músicas no seu set habitual.
Mar & Sol nasceu para espalhar a cultura dos PALOP pelo mundo. Cabo Verde, Angola, Guiné, Moçambique e São Tomé e Príncipe contribuem para um legado cultural riquíssimo, que merece ser conhecido por todos. A década de 70 foi uma época em que as pessoas dos PALOP procuraram uma vida nova em Portugal. E isso também aconteceu com os músicos, que finalmente tiveram a oportunidade de gravar os seus discos. Para manter essa memória bem viva, a Mar & e Sol dedica-se a reeditar algumas dessas gravações, bem como a promover artistas dessa época.
Mar & Sol Soundsystem é o DJ Set que mergulha no arquivo desses artistas, desde os sons mais tribais até às últimas edições com a marca Mar & Sol.
Marinho nasceu em Lisboa e cresceu em frente à televisão. Teve desde cedo muita exposição a desenhos animados americanos e aos filmes de meados dos anos 90, o que resultou numa crescente intimidade com a perspetiva de Hollywood sobre o amor, relações e natureza humana no geral.
Agora, como jovem adulta, ela tenta compreender aquilo que existe entre expectativas romantizadas em demasia e a vida real fora de sitcoms. As resoluções surgem na forma de canções de folk-rock alternativa, que escreveu e colecionou ao longo dos anos e que resultam neste seu primeiro disco.
Em 2019, lançou “Freckles“, em antecipação do álbum de estreia “~” (ler til ou tilde em inglês), que é construído a partir da simplicidade das raízes da música folk norte-americana e inspirado em ricas texturas cinematográficas. “Ghost Notes“, e “Window Pain” são mais dois singles de Marinho a ter em atenção.
Os Meses Sóbrio são Manuel Perdigão (guitarra, teclado), João Fernandes (bateria) e Miguel Rosa (voz, guitarra e teclado), uma nova banda que funde rock com elementos da música eletrónica. O primeiro EP, “Folha“, foi editado em setembro de 2018.
Os Meses Sóbrio esgotaram um concerto de apresentação em Lisboa e fizeram parte do Festival Termómetro também nesse ano. Com inspiração nas atmosferas viajantes de bandas como os Doors, Pink Floyd ou Tame Impala, este projeto pretende criar uma sonoridade orgânica e eclética, com portas abertas para várias sensações e interpretações. O primeiro disco está quase aí e já se conhece o primeiro single. “Camaleão” é um dos temas que promete conquistar o público do Super Bock em Stock.
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Francisco Murta nasceu na Figueira da Foz, cresceu entre Samora e Benavente. Os acasos da vida acabaram por levá-lo até ao piano. Hoje não só é ele quem escreve as letras e compõe a música das suas canções, como também toca vários instrumentos musicais, como o piano, a guitarra, o baixo, o ukelele, entre outros.
A vontade de continuar a aprender levou-o até ao Hot Club, em 2016, para explorar mais a voz e o piano. A partir daí começou a dar cada vez mais concertos e com o feedback positivo que ia recebendo, percebeu que se podia dedicar por inteiro à música. Hoje os vídeos das suas atuações somam milhares de visualizações no YouTube.
Em Outubro de 2018, Murta colaborou com o jovem rapper algarvio Domi, no single “Rosas“. E foi também em 2018 que assinou contrato com a Universal Music Portugal. “Porquê” foi o primeiro single lançado com o selo da multinacional.
Niki Moss é o alter-ego de Miguel Vilhena, músico multi-instrumentista, fundador da editora Pontiaq, vocalista da banda Savanna e produtor de uma série de outras bandas portuguesas (Pista, Ditch Days, Marvel Lima, Flying Cages, George Marvinson…). A solo, Niki Moss dá-nos a conhecer uma coleção de trabalhos compostos, produzidos, gravados e misturados exclusivamente pela sua mão com a chegada do seu primeiro álbum.
“Gooey” descortina uma escrita arrojada e um experimentalismo vibrante, sem nunca perder um certo apelo pop que torna estas músicas irresistíveis. Neste registo o universo analógico convive com um futurismo vincado por distorções refinadas e arranjos obsessivamente detalhados, provas de uma estética fora do comum.
Polivalente é um projeto musical que contém composições do músico lisboeta João Valente e direção musical de Tom Maciel, músico de São Paulo residente em Lisboa. O projeto teve início no verão de 2018, quando os dois se juntaram para produzir, arranjar e gravar essas composições que agora vêem a luz do dia. Este processo, que dura há sensivelmente um ano, resultou no lançamento do seu primeiro single “Domingar”, editado em maio de 2019.
E o primeiro disco também está quase aí. “A Revolta Dos Hipersensíveis“, gravado durante o verão de 2019, estará disponível em todas as plataformas digitais a partir do dia 22 de novembro.
Apesar de os pais não terem qualquer ligação com a música, desde pequeno que Stckman se sentiu ligado à música de uma maneira especial. Influenciado pela veia artística dos primos, o pequeno Nuno também procurou desenvolver o seu próprio talento. No natal de 2014, pediu uma mesa de mistura aos pais, e desde aí foi difícil parar.
Em 2015 tocou pela primeira vez na sua festa de 13 anos. Os anos foram passando e começou a desenvolver um gosto especial pela produção. Foi então que, com 14 anos, instalou pela primeira vez o Ableton Live 9. Demorou algum tempo até conseguir fazer o que queria. Em 2017 nasceu o nome Stckman e o projeto “Fly Away“, um trabalho produzido com o seu primo durante uma viagem à Indonésia. Passados dois anos, Stckman lançou mais de dez músicas inspiradas em vários géneros, como o disco, funk, house e r&b.
Vum Vum começa por se destacar ainda em criança no programa “Cazumbi” do promotor Luís Montez. Mais tarde, já em Lisboa, assina contrato com a Valentim de Carvalho. Em 1969 edita “Muzangola“, o seu primeiro EP. Além das referências angolanas, neste EP também havia espaço para o funk e para outras músicas negras.
Durante a década de 70, Vum Vum escreve originais para o Duo Ouro Negro e para António Calvário. A solo grava o tema “Eusébio Miúdo e Senhor” para a banda sonora do filme de 1974 dedicado ao futebolista. Na segunda metade da década de 70, edita os discos “Salalé” e “Brasil“. Mais tarde Vum Vum estabelece-se na Alemanha, onde edita um outro disco também chamado “Muzangola“. Agora, de novo em terras africanas, a sua música merece ser conhecida e trazida para o presente.
Vum Vum é música e poesia, canto de África, sempre ao ritmo do Semba e do Kilapanga – ritmos quentes, vindos de Angola, que prometem aquecer a próxima edição do Super Bock em Stock.
Super Bock Bus volta a ser a sala de concertos mais animada do Super Bock em Stock
Com o compromisso de encher a Avenida de Música, o Super Bock Bus é o autocarro de serviço. Para cima e para baixo, a festa faz-se do centro da Avenida da Liberdade até aos Restauradores, levando a música ainda mais perto do público. Lá dentro não há palco, mas recomendamos que se agarrem bem, este ano ao som dos escoceses Lylo e Sweaty Palms.
Os Lylo são cinco rapazes que sempre gravaram e produziram a sua própria música, desde o seu disco de estreia, “Handsome Living“, editado em 2015, até ao mais recente “Post Era“, editado pela El Rancho. Quando se ouve Lylo percebe-se que aqui não falta criatividade e ecletismo, notando-se que há um pouco de tudo nas canções destes escoceses: jazz, rock, punk, r&b e um apelo pop que é capaz de colar todas essas influências.
Em 2019 os Lylo venceram o prémio para melhor atuação ao vivo no SAMA (Scotish Alternative Music Awards) e viram o seu disco, “Post Era“, alcançar o segundo lugar na lista dos melhores discos do ano pela revista Skinny. Enquanto trabalham nas canções do novo disco, neste ano de 2019 os Lylo já atuaram no Liverpool Sound City e no Gold Sounds Festival, mostrando que o futuro da banda só pode ser bom.
Sweaty Palms são uma das bandas a brotar da atual cena efervescente de Glasgow, onde o rock parece estar mais vivo do que nunca. E estes quatro rapazes não inventam muito: fazem canções diretas ao ponto, com alma punk e alguma distorção, na melhor tradição da música rock que sai da garagem para o mundo.
O disco de estreia, “Quit Now“, editado em 2018, confirma essa identidade, com as palavras e as guitarras a mirarem a sociedade atual. Ao vivo, a banda parece ainda mais visceral: The Great Escape, T in The Park, Electric Fields e Liverpool Sound City são alguns dos festivais que já acolheram a irreverência dos Sweaty Palms.
Cartaz completo por dias e salas:
+info Super Bock em Stock
Fotografia (capa) – Super Bock em Stock