O grupo musical e recreativo Democrash, reunido em assembleia geral extraordinária aos 25 de Março de 2020, decidiu, por unanimidade, passando a constar em acta, o lançamento do segundo single, do álbum Propelled By Gas From Cans Of Soda.
“Trash a Hotel Room” é o segundo single, primeiro com vídeo-clip, do terceiro trabalho dos Democrash a ser apresentado no último trimestre de 2020.
Neste single, a sátira, sempre presente nas letras de Democrash, retrata a necessidade inexplicável que uma rock star tem ou tinha ou terá de destruição. No fundo, é sempre difícil lidar com um artista, mais que não seja porque não se consegue perceber aquilo que está no seu interior e que pensa ser certo para pertencer ao grupo das estrelas rock.
Uma faixa rápida e forte que nos ajuda a reaprender essa práctica, ou talvez, a tentar perceber, ironicamente, o porquê da mesma acontecer.
Os Democrash começaram em meados de 2014 a tocar o que sabiam e lhes apetecia sem estarem preocupados com o resultado final. Cruzando o rock com o punk e o funk, new wave/no wave, electrónicas vintage e white noise, performance e art punk, deixando sempre muitas arestas por limar numa conjugação de energia aplicada aos instrumentos e aos microfones, conferindo ao seu som final um ambiente de inacabado, mas com uma carga explosiva gritante.
Em Junho de 2018 lançam o segundo trabalho: um EP gravado no velho e reabilitado vinil. Tem como nome 909democrashdrug e foi misturado a final por Nuno Monteiro e Gonçalo Formiga, numa coedição com a Vinyl Experience e ajuda da Raging Planet.
Os temas de Democrash falam essencialmente do que é (ou não é) a arte, a fama, do que faz ser-se reconhecido, dos clichês do rock e das estrelas de rock e dos críticos de música. A sua sonoridade também se inspira em ficção científica (em Philip K. Dick), em art brut e em desdobramentos de personalidade…
As faixas são cruas e remetem a um punk meio rock, meio garage a cheirar a anos 70/80. A energia e garra que depositam na música que lhes sai do corpo e mente, realça-se com o que conseguem transpor ao ouvinte e degustador que, de súbito, se senti invadido por um turbilhão de sensações que o fazem abanar.
Os Democrash são:
Octávio Nunes – voz, guitarra e electrónica
Ricardo Rezende – baixo e coros
Rui Garrido – guitarra, electrónica e coros
Vítor Martins – sax tenor, sax barítono, guitarra, percussão, electrónica e coros
Zé Fontaínhas – bateria
Fotografia – Ana Pereira