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Ghost Hunt apresentam hoje ao vivo o novo disco

Está disponível, no bandcamp da Lovers & Lollypops, II, o segundo LP dos Ghost Hunt. O disco será apresentado hoje, ao vivo, num concerto no CCOP no Porto, às 19h00. O bilhete para a apresentação custará €5 e a lotação da sala será feita de acordo com as regras estabelecidas, esta semana, pelas entidades competentes. Será ainda possível ver o concerto em streaming de acesso livre, sendo que se apelará ao donativo consciente dos espectadores. O link para o mesmo será revelado no site e redes sociais da editora.

Os Ghost Hunt são um duo electrónico composto por Pedro Chau (baixista dos The Parkinsons) e Pedro Oliveira (outrora conhecido do circuito noise como Monomoy) e, aqui, comandante da banda na alquimia sonora através de caixas de ritmo e sintetizadores variados. A sonoridade da dupla consegue baralhar as coordenadas espaço-tempo, soando tanto ao espaço sideral de amanhã, como à Alemanha de Leste repetitiva dos 70s; ou tanto à cena clubbing de Detroit como ao ninho de uma Factory Records.

Formados em 2015, a parelha lançou no ano seguinte o primeiro disco homónimo pela conimbricence Lux Records. Desde então, já pisou palcos como o Reverence Valada, Tremor ou Lisbon Dance Fest e percorreu as salas do país tanto a título individual ou acompanhando as exibições do documentário Tecla Tónica. No ano passado foram convidados pelo músico e produtor holandês Jacco Gardner a abrir algumas das suas datas em Espanha, com quem haviam já gravado três temas soltos em jeito de antecipação do disco “II”, agora lançado com o selo da Lovers & Lollypops.

É inevitável dissociar a música dos Ghost Hunt do carimbo “espacial” ou “cósmico” ou do conceito, por vezes mal empregue, de “viagem musical” ao escutá-los. A forte influência “kosmische” está mais vincada neste seu novo trabalho, que mostra que o som do duo continua eclético e sempre aberto a novas possibilidades.

O tema de abertura pinta uma autêntica descolagem para o caminho que se segue, como se os Ghost Hunt estivessem na faixa ao lado das bicicletas dos Kraftwerk numa qualquer autoestrada germânica. Outros momentos de “II”, como “Shadow Factory” ou “New Ceremony” orbitariam perfeitamente sobre qualquer lançamento inicial da Mute Records; enquanto que em “E.V.P.”, “No Exit” e a final “Fugue State” a exploração sonora a que a banda nos habituou ao vivo é finalmente registada.

Estes caça-fantasmas aterraram de novo na estratosfera das edições discográficas, provando que lá para os lados siderais ainda há muito por aprender.

Fotografia capa – Pedro Pedeiros