O novo álbum de originais dos Três Tristes Tigres, “Mínima Luz”, foi editado em vinil depois de ter sido editado em formato CD e digital.
O desejado sucessor de “Visita de Estudo” (compilação, 2001), “Comum” (1998), “Guia Espiritual” (1996) e “Partes Sensíveis” (1993), foi composto e produzido por Alexandre Soares e Ana Deus e conta com a participação do baterista Fred Ferreira, do baixista Rui Martelo, do percussionista Gustavo Costa e da harpista Angélica Salvi, e com cinco poemas originais de Regina Guimarães, um de Luca Argel, um de Ana Deus e traduções adaptadas de poemas de William Blake e Langston Hughes.
“Para este disco comecei por sugerir que a temática se aproximasse de profecias ou rezas, desejos. Sair, na medida do possível, da realidade diária já tão multiplicada em notícias, partilhas e comentários. Mas esquecer o tema também foi importante e inevitável, as circunstâncias de cada um também se manifestaram. O resto resultou de uma rotina quase diária de ensaios e gravações ao longo de dois anos“, explica Ana Deus.
Alexandre Soares enquadra o processo de composição: “A sonoridade foi construída nos últimos dois anos e reflecte esse caminho. A composição e a estrutura do som foram desenvolvidas entre o encontro de guitarras eléctricas de vertente mais rock ou processadas, e acústicas mais espacializadas em contraponto a sintetizadores modulares, e sampler granular. É um retorno à electrónica com percussão acústica a complementar, e também a associar convidados com empatia musical forte. Mas não é a soma das partes que define o som dos Três Tristes Tigres, é a vontade de estar presente no hoje, e ser parte dele também.“
“Língua Franca“, “À Tona” e “Galanteio” foram os primeiros singles de “Mínima Luz” (edição de autor). Gravado no Estúdio Sonoscopia, foi misturado no Estúdio Meifumado por Zé Nando Pimenta (excepto “Estado de Espírito” e “Jasmim”, misturados no Estúdio Sonoscopia por Alexandre Soares), e masterizado por Miguel Marques Arda Recording Co.
Fotografia (capa) – Cristina P. Pinto