Carlos Costa, ou apenas Carlos, é a cara que muitos dos que frequentavam até há pouco tempo a noite lisboeta conheciam como sendo o “Carlos do Sabotage”. Dado o seu carisma, muitos desses pensavam que o Carlos era inclusive o dono, gerente, ou o responsável, do Sabotage, uma das casas mais conhecidas de música ao vivo na capital portuguesa. Este espaço, também vítima da colonização do turismo sobre as nossas maiores cidades, fechou portas no inicio do confinamento Covid-19 e jamais abriu desde então. Jamais abriu, e muito provavelmente, jamais abrirá. Sobraram deste saudoso espaço as pessoas que lá trabalharam durante 7 anos, as várias bandas de rock’n’roll e os grandes concertos que lá passaram, e os seus inúmeros fãs e apaixonados. Ontem voltámos a encontrar alguns desses apaixonados, e voltámos também, num “fuso horário” vespertino, a sorrir como sempre sorríamos de gozo em concertos na sala mais rock’n’roll de toda a capital.
A matiné que ocorreu ontem na Casa do Capitão foi batizada de “Carlos Costa apresenta Ninguém Drome Fest” , e teve a presença de Tiago Castro e o seu projeto Acid Acid, o agora trio feminino Clementine, e Asimov and The Hidden Circus.
ACID ACID
CLEMENTINE
ASIMOV AND THE HIDDEN CIRCUS
Esperamos que tenha sido a primeira de muitas matinés ao estilo do saudoso Sabotage, o Carlos e grande parte da equipa Sabotage que ontem revimos fazem falta a Lisboa, o Rock não pode ser derrotado pelo Covid. Habituaremos-nos a viver de forma diferente, mais confinados, mais protegidos e cuidadosos, mas seguramente que continuaremos a ir onde o Rock estiver.