Os Loosers estão de regresso aos discos. Sete anos depois da última edição, Hot Jesus (L&L 2013), a banda que para muitos foi um dos nomes mais instigadores da exploração rock em solo português apresenta KILL SCREEN, um EP em formato digital com a participação de alguns realizadores que dão existência a um universo imagético em torno dos cinco temas do disco, algo que acontece pela primeira vez no trilho dos Loosers. A edição será da Lovers & Lollypops e o disco está disponível no Bandcamp da editora.
Com cinco temas gravados à distância, antes e durante a pandemia, o disco do colectivo lisboeta não nasceu como de costume. Não começou na improvisação desenfreada para depois se “regrar” na pós-produção, pelo contrário, houve mais improvisação na fase das misturas do que nos primeiros momentos. Loops, percussão, baixos, sintetizadores, vozes, guitarras, viajaram no ciberespaço sobrepondo-se uns aos outros, sem que alguém sentisse falta de espaço ou pressas. Circunstâncias singulares adversas à comunhão e à ansiedade que caracterizavam o som da banda e mesmo o rock noutros tempos, mas que permitiram mais liberdades individuais. Prova disso, KILL SCREEN é o disco com “melhor som” de todos os discos dos Loosers e com detalhes que outrora a banda desvalorizava a receberem atenções redobradas.
KILL SCREEN é disco de um tempo em que não é fácil processar toda a informação e desinformação e em vez de se discutir política se discute continuamente se a terra é plana, se as vacinas provocam autismo, se existe racismo e machismo, enquanto vamos vivendo realidades intangíveis na dependência de tech giants e na frente de ecrãs.
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