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Rui Luís faz versão de “Grace” de Jeff Buckley

Costumo dizer que, muitas vezes, as versões que os artistas/bandas fazem de músicas são a transcrição do que a sua alma sente ao absorve-las e, quando transcritas com o coração, têm um impacto ainda mais forte no ouvinte.
“Grace” é uma música que dispensa apresentações. Não só porque dá nome ao primeiro e único álbum de Jeff Buckley, como também porque é uma música carregada de histórias e estórias. Carregada de intensidade e adição que deixou meio mundo rendido.

Rui Luís entregou a sua alma às mãos e à voz e, de uma forma intensa e bela, deu uma nova roupa a “Grace.” O piano é, cada vez, um instrumento que me arrepia e me deixa um nó no peito. As mãos de Rui tratam este piano com mestria e um exímio talento, transpondo para o ouvinte a vigor impactante da maneira como sente esta música. A sua voz, forte e delicada carrega no tom o peso de “Grace” e abana-nos de tal maneira que nos chega a faltar o ar.

Cantautor multi-instrumentista, nasceu em 1990. Durante o seu percurso académico formou o projecto Ângulos Mortos. Em 2014, após a sua viagem pelos territórios da geologia, inscreveu-se na Escola de Jazz Luiz Villas-Boas (Hot Clube de Portugal) onde estudou piano e voz sob a tutela de professores como Daniel Bernardes, Margarida Campelo, Joana Machado e Rita Maria. Tal experiência foi uma abertura de horizontes que o levou, desde então, a desenvolver repertório original a solo. Em Fevereiro de 2016, numa primeira abordagem, lançou canções no seu SoundCloud, entre as quais “Uma Valsinha”. Em 2017 publicou os EPs “Parte de Alguém” e “Encontrei (Live Sessions)” no Bandcamp. Em 2019 participou na primeira edição do concurso Smooth FM Jazz Contest com o tema original “Cabo do mundo” e os standards de jazz “Autumn Leaves” e “Misty”, tendo sido seleccionado como um dos 8 semi-finalistas. Em plena pandemia (2020) lança os singles “Gravidade da Situação” e “Agora Vem”, e o álbum “Retro Expectativa”.