“20.000 Éguas Submarinas” é o título do disco a ser editado em junho e expõe Rui Reininho ao cume da sua essência.
Rui Reininho tem tanto de próprio como de não comum, seja entre os vivos, como entre as lembranças dos mortos que nos marcaram. Depois do famigerado “Companhia das Índias” (2008), chega em junho às nossas mãos sedentas o novo disco “20.000 Éguas Submarinas”, com o selo da Turbina.
Produzido por Paulo Borges, juntos congeminaram uma viagem pelos confins dos mares já dantes navegados a passo, trote, galope, mariposa e voo, como escape de corais profundos mas não tão fundos quanto o exercício de libertação que em breve será revelado.
“Animais Errantes” é o primeiro avanço desta ode marítima e conta com videoclipe realizado por Mimi Sá Coutinho, concebido no Espaço T – Associação para Apoio à Integração Social Comunitária, que luta pela inclusão dos mais vulneráveis, promovendo através da Arte o desenvolvimento das mais diversas competências.
Encenado por Filipa Duarte (formadora no Espaço T) e protagonizado pelos seus alunos de teatro e dança, somos convidados a contemplar a aceitação da diferença, numa entrega de corpo e alma que esgrima qualquer preconceito.
Para além de Rui Reininho e Paulo Borges, o tema “Animais Errantes” conta ainda com a participação de Eduardo Lála no trombone, Moisés Fernandes no trompete e Daniel Salomé no saxofone. O local para a rodagem deste vídeo foi gentilmente cedido pelo Espaço T, dado Rui Reininho ser Membro do Fórum dos Cuidadores há longa data.
“Ao vir à superfície, encontrei o Paulo Borges contido em anos de interpretações alheias e perguntei-lhe, como numa ilha solitária, o que queria criar; saiu-nos um arquipélago provavelmente um dos Açores que já nos sobrevoava com os sons marítimos, o fracasso das ondas nos rochedos e o marulhar crustáceo dos músculos dos ‘Animais Errantes’, que respeitamos”, refere Rui Reininho.