O festival leiriense A Porta está de regresso nos três primeiros fins-de-semana de julho. Com um alinhamento e ocupação de espaço adaptados às novas circunstâncias que se vivem no país, o evento voltará a agregar a música, a criação colaborativa e a activação de espaços e memórias comuns através da cultura. Confirmados no programa musical d’A Porta 2021, estão a harpista Angélica Salvi, a cantautora Arianna Casellas, a colaboração entre Dada Garbeck e Ricardo Martins, a experimentalista vocal Ece Canli, o instrumentista Braima Galissá, o projecto Herlander, o violinista Samuel Martins Coelho e os colectivos Sensible Soccers, Sunflowers e Yakuza. Um programa composto, maioritariamente, por bandas portuguesas que tocará em palcos integrados com as paisagens e o património do concelho, diversificando não só a oferta cultural e a singularidade dos eventos, mas também a articulação entre património natural e cultural. Confirmado está também um ciclo de cinema documental que integrará três filmes do cineasta Pedro Neves. Documentarista e jornalista freelancer, Neves é conhecido pelo seu trabalho especialmente conectado com a representação de histórias ligadas a comunidades e por uma obra marcada por questões sociais e políticas prementes. N’A Porta serão exibidos: Os Esquecidos (2009), Acima das Nossas Possibilidades (2014), filme integrado no Projecto Troika, e a longa metragem Tarrafal (2016).
Tendo como ponto central a Villa Portela, espaço localizado no coração da cidade, datado do final do século XIX e com mais de 17.000 metros de espaço verde, A Porta 2021 lança um diálogo aberto com a população local que resultará num programa específico dedicado à activação de um novo pensamento urbano e imaginário colectivo. Desde abril e até final de julho, A Porta convida a comunidade leiriense a partilhar recordações e ideias para o futuro deste icónico espaço. A partilha servirá como base de trabalho para um ciclo de residências artísticas que culminarão em intervenções de diferente formatos a serem instaladas no espaço durante o festival. O objectivo será o de criar uma visita orientada às potencialidades da Villa Portela e o desvendar de possíveis novos caminhos e relações com o espaço.
Para além da música e da criação artística, A Porta 2021 integrará ainda conversas e um programa para famílias.
Ao longo das suas últimas cinco edições, A Porta tem vindo a assumir-se como um espaço de criação em permanente diálogo com o território, com a cultura e a comunidade local, promovendo um ambiente favorável à partilha, à co-criação e ao desenvolvimento do tecido cultural regional e nacional. A sexta edição decorrerá nos dias 2, 3, 4, 9, 10, 11, 16, 17 e 18 Julho e anunciará mais detalhes do alinhamento nas próximas semanas.