O sábado ou domingo eram, não há muitas décadas atrás, ricas em locais que promoviam matinés para que os mais jovens se pudessem divertir e ir para casa antes do que era designado “recolher obrigatório” imposto ainda por algumas heranças mais ditatoriais.
Nesta agora “normal” era Covid, voltaram as matinés, não temos muita certeza se por reais necessidades para resolver a questão, se pelos mesmos ideais que referi, o certo é que esta é agora a forma possível para sairmos de casa e não deixar morrer a identidade de um país, a sua cultura, seja ela qual for a sua forma. Bom, mal ou bem, o certo é que já o podemos fazer, de forma controlada, responsável, e com a toda a precaução que a saúde pública ainda o exige. E ainda bem, permite-nos regressar aos poucos a uma vida que quase já nos esquecemos mas que não está assim tão distante no tempo.
Ontem aconteceu mais uma destas “matinés Covid”, na Criarte, um espaço da responsabilidade da Criativa, um belíssimo local para espetáculos, diga-se de boa verdade, localizado em Carcavelos, linha de Cascais, que em tempos foi também a “meca” da música nacional com vários projetos rock, hard-rock ou metal, de enorme qualidade.
A propósito de rock, foi por esse motivo que lá estivemos, para testemunhar o regresso (a saudar) aos palcos dos portugueses The Dust a abrir
e Her Name Was Fire em seguida, concertos que aconteceram por iniciativa também do Underground Tuga (Tiago Lp), e Ride The Snake (Eliana Berto).
Dois belíssimos concertos, numa casa relativamente composta mas a pedir mais público, e a demonstrar que a cultura é segura e não pode parar.