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Wine Nights Fantastic Stories é o novo disco de Wipeoutbeat

A partilha de histórias e estórias enquanto estamos na companhia dos que mais gostamos, torna-se sempre mais interessante quando acompanhada de um ou vários copos de vinho. Mas não é só isto que torna estes momentos únicos mas, também, a existência de uma boa banda sonora que nos coloque em locais onde queremos estar.

Mantendo o registo que os caracteriza, as 6 músicas que compõem este segundo disco do trio conimbricense, que incluem um single lançado já este ano em 7”, caracterizam-se pelo uso abusivo de sintetizadores e teclados com o brilho dos riffs de guitarra e uma voz a puxar à pop britânica que se sentia nas caves suaves dos loucos anos 80. A vontade de dançar aumenta com o sabor sujo do rock que nos electriza a mente e o corpo.

No More Nights abre o disco numa espécie de contraposição ao seu título que chama às noites de perdição e de partilha. Não podendo, no entanto, ter um melhor cartão de visita a esta viagem dançante que nos vai fazer querer sentir o brilho das bolas de espelho e das mesmas reflectidas no suor que escorre pelos rostos espalhados ao nosso redor.

Wine Nights Fantastic Stories foi produzido pelos Wipeout Beat e João Rui, tem o selo da Lux Records e será apresentado a partir do início do ano de 2022, assim que seja possível fazê-lo em segurança.

Wipeout Beat é a nova banda de três veteranos da cena musical de Coimbra. Carlos DiasPedro “Calhau” Antunes e Miguel Padilha têm os seus nomes ligados a bandas conimbricenses com sonoridades tão diversas como Bunnyranch, Subway Riders, Garbage Catz, A Jigsaw, Objectos Perdidos, entre outras.

Tudo começa em 2016: as jams e brincadeiras com velhos teclados que foram encontrando nas feiras de velharias e lojas de 2ª mão, transformaram-se em coisa séria que tinha que ser gravada. E assim foi! O resultado foi bom, resolveram encontrar um nome, e em 2016 estrearam-se em palco.

Com preferência por teclados clássicos da Casio, uma guitarra e uma velha caixa-de-ritmos da Roland, o som foi crescendo com a destreza de tocar instrumentos que nenhum tinha tocado a sério até essa altura. Pedro Calhau, baixista exímio, cria agora com a guitarra, algo que tanto tem de western como do rock inato das bandas de Coimbra. Os teclados, tocados pelos três, soam ao mais sujo do garage, aos sons minimais dos Suicide ou do Philip Glass, a uma “eletrónica primitiva”, tudo ao ritmo de um Roland CR-8000, que faz com que seja impossível não bater o pé.