Não fossem os tempos que vivemos e esta música não podia fazer mais sentido. Seja hoje, ou há um ano ou, até, daqui a cem anos. Enquanto o dinheiro e a luta pelo poder continuarem a ser o foco principal do ser humano, nunca iremos nós ter descanso, ainda que seja o mental.
“Little Man” é o terceiro single do novo disco dos The Dust e carrega com ele o peso intenso que é viver atormentado por governos que desgovernam, ganâncias que descontrolam e ânsias degradadas. Uma música onde os riffs se entranham e o rock’n’roll nos dá provas de que ainda podemos lutar!
Nem sempre o pó tem de ser visto como algo negativo ou sujo. O pó, muitas vezes, simboliza o renascimento, a tomada de consciência de que há algo que faz parte de nós e devemos manter na vida. Os The Dust são uma banda de bons rapazes que se uniram com um amor em comum: a música!
Dão vida a uma dualidade que se reflecte no próprio nome da banda em contraposição com a sonoridade que traçam. A aura que emana deles é algo genuíno, directo, rápido e eficiente. Nas veias, percorre uma seiva que tem a sua origem no rock, no blues e numa tonalidade que, apesar de ser mais clássica, não deixa de ser actual.
Depois do EP It May Only Have Three Songs But This Is Our Extended Play, lançado no ano de 2017, para 2019 prepararam True Blood & Fire. Um EP de 5 faixas cruas, melódicas e cobertas de um manto de histórias escondidas mas que, no fundo, pertencem a todos.
No final de 2019 aumentaram a família com a aquisição de mais um guitarrista (Miguel Marçal), sempre de olhos postos na evolução sonora da banda e na partilha genuína daquilo que melhor sabem fazer. Neste momento, trabalham no sentido de criar e lançar coisas novas que possam depois mostrar o novo disco no segundo semestre de 2022.
Os The Dust tocam no próximo dia 12 de Março no Núcleo A70, na companhia dos The Brooms e Fast Eddie Nelson. Nesse dia haverá, também, uma feira de vinil com a participação da Raging Planet e da Vinil Experience.
Fotografia – Zé Paulo Photo