Quatro anos passaram-se desde a última edição do Rock In Rio-Lisboa, regresso que se saudou no passado sábado dia 18 de Junho ao Parque da Bela Vista. 74 mil pessoas encheram o primeiro dia de festival, e foi de Rock que se falou com os britânicos Muse a fecharem o dia em pleno dilúvio de chuva que caiu sobre a capital portuguesa.
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Começámos bem cedo com o concerto dos portugueses The Zanibar Aliens, nossos conhecidos de outros palcos lisboetas bem mais pequenos. Estar no Rock In Rio Lisboa não foi motivo de nervo, estes jovens apresentaram-se em palco cheios de energia e com Rock à flor da pele.
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Foi necessário aguardar algum tempo (e refrescar, numa tarde que se apresentava quente) até nos encontrarmos de novo com os Xutos & Pontapés no Palco Mundo, esta a nossa primeira vez na versão “Xutos sem Zé Pedro”. Podemos dizer que o som não perdeu a sua identidade, mas convenhamos, a banda perdeu. É inevitável continuarmos a falar no fundador da banda, mas mais que isso, na alma da banda, que nunca será esquecida a começar pelos próprios Tim, Cabeleira, Kalu e Gui. Foi bom, mas deixou-nos muita saudade.
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Daqui procurámos por Bombino, também ele um velho conhecido desde a sua primeira vez em Portugal em 2014. Este nigeriano tem a capacidade de com a sua guitarra põr todos a dançar, nos mais melódicos riffs touareg.
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O “mano” Liam Gallagher foi o senhor que se seguiu, tal como o conhecemos. Postura rockeira, mau feitio, e provocações “para inglês ver”, fizeram parte onde também não faltaram alguns dos melhores êxitos dos Oasis.
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Saimos do Palco Mundo e fomos rapidamente para o Galp Music Valley onde nos encontrámos de novo com os Linda Martini na sua mais recente “versão Filho Da Mãe”. Em substituição de Pedro Geraldes, Rui Carvalho está cada vez mais (e melhor) integrado na banda e isso nota-se na continuidade dos excelentes registos ao vivo. Foi bom termos nos cruzados com esta malta dos suburbios de Lisboa.
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Os norte americanos The National estiveram iguais a si mesmo, naquele que foi o nosso reencontro com a banda depois de Coura em 2019. Sem grandes novidades, mas de alguma forma mágicos, foram acompanhados em todo o concerto por uma plateia de reais fãs que faziam de coro a cada palavra de Matt Berninger.
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Finalmente, Muse. Não tinham tarefa fácil, substituir uma banda com os Foo Fighters não estaria ao alcance de todos. Mas, Muse estão numa “fase mais” em Portugal, e por mais vezes que regressem, são sempre capazes de nos surpreender. Um monstro gigante para o tema “Stockholm Syndrome”, e Matt Bellamy imbatível à chuva, foram o mote para um dos melhores desta edição de RiR Lisboa.
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Quem for da opinião que o Rock morreu ou, que no Rock In Rio não acontecem grandes concertos (de Rock), que se “desengane”. Já agora, que passe pelo Parque da Belavista no próximo sábado para Bush. Saudosistas dos anos 90 poderão recordar UB-40 (com Ali Campbell), A-Ha, ou Duran Duran para acabar a noite. Outras experiências porventura desconhecidas poderão passar pelos concertos de Omar Souleyman ou Arooj Aftab na Rock Street. Ainda para as gerações dos “entas”, Delfins ou José Cid também estarão no palco Galp Music Valley.
