Pazuzu é um espírito/divindade da antiga Mesopotâmia, retratada em Hollywood nos filmes “O Exorcista” e “O Herege” apenas como um demónio na perspectiva judaico-cristã, porém para as antigas civilizações do crescente fértil Pazuzu representava mais um espírito do que um demónio, era o espírito que trazia o vento e as pragas mas também era o protetor dos lares, especialmente das mães e mulheres em geral porque Pazuzu mantinha distância espíritos malignos.
“Pazuzu” é a personificação da guerra interior que vivemos constantemente e confronta o bem contra o mal. Pode ser, também, a chamada de atenção de que a humanidade precisa, muitas vezes, para perceber que a imagem nada mais é do que algo volátil e que a essência é o que verdadeiramente importa.
De uma aliança sob o signo da música entre dois portugueses e um polaco, na Lisboa do século XXI, eterna e histórica cidade aberta ao mundo nesta era de globalização, nascem os Stones of Babylon.
O seu trilho começa a ser traçado no último trimestre de 2017 tendo, dessas pedradas iniciais, sido esculpido o primeiro EP/Demo In Portuguese We Say Padrada, em 2018.
O trio formado por Pawel na guitarra, Branco na bateria e Medeiros no baixo, continuou a apurar a sua musicalidade e uma massa sónica densa veio a culminar num segundo trabalho gravado durante o ano de 2019 que surgiu na forma de álbum de estreia denominado Hanging Gardens sob a égide da editora Raging Planet.
Fruto de várias mudanças de line up, Pawel foi substituído por Rui Belchior e depois este por Alexandre Mendes, actual guitarrista. O conceito e ideias de Stones Of Babylon permanecem imutáveis, exactamente como as pedras da babilónia que lograram continuam “vivas” até aos nossos dias e com muita história por contar.
Com referências ao passado distante, entre o que perdurou nas areias do tempo, nas pedras da memória e no imaginário do que poderia ter sido, os Stones Of Babylon apresentam esculturas instrumentais entre texturas arenosas e atmosféricas, numa envolvente de mantras sónicos que invocam melodias do próximo oriente com influências do psicadelismo mais pesado e “doom” ocidental, onde a sua própria originalidade se funde com as inevitáveis influências de megálitos musicais como Black Sabbath, OM, Sleep e outros.
A banda já esculpiu a próxima escultura sonora, Ishtar Gate, que vai ter o seu lançamento e apresentação em Outubro de 2022, com o selo da Raging Planet. Para abrir o apetite, deixa-nos com o single de antecipação “Pazuzu”.
Sem necessidade de cintos de segurança basta ouvir e desfrutar da viagem!