Se dissermos que no terceiro dia de MEO Kalorama fazia parte Nick Cave And The Bad Seeds, o título torna-se imediatamente óbvio. Mas muitas vezes não temos como fugir ao óbvio. É isto, e andar a rondar para chamar-lhe outra coisa seria apenas idiota. Obviamente que não foi Deus, bom, talvez tenha sido, para muitos fãs, aquele que esteve no Parque da Bela Vista ao terceiro dia do novo festival lisboeta.
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Começámos com um morno concerto de Tiago Bettencourt no palco MEO, e não nos levem a mal dizermos que foi morno, estava de facto calor no Parque da Bela Vista. Será eventualmente um dos melhores compositores e letristas da sua geração, mas apesar de sempre munido da sua guitarra, não será o tipico rocker onde o nervo impera.
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Seguimos para o Palco Colina para Luis Clara Gomes, aka Moullinex, e se a ideia era como sempre colocar o público do Kalorama a dançar, podemos dizer que foi uma operação muito bem sucedida.
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Grand Pulsar foram os senhores que se seguiram no Palco Futura, e resta-nos apenas dizer que merecem de nós uma segunda oportunidade e com tempo para os ouvir.
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Sobre Ornatos Violeta, nunca darão um mau concerto. Em formato banda ou, a solo, Manel Cruz é suficiente para encher qualquer palco, e melhor será com os seus companheiros de sempre Ornatos Violeta. Há algum tempo que se ouve dizer que o próximo concerto será o último da banda portuense, e talvez seja por isto a ânsia evidenciada por alguns fãs que Manel Cruz tire a t-shirt logo que cada concerto comece. “Tenham calma”, dizemos nós, suspeitamos que Manel Cruz não deixe de tirar a t-shirt tão cedo com frontman dos Ornatos.
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E o que dizer que além que entra meia desnuda em palco e com chapéu em forma de vagina na cabeça? Provocadora, exibicionista, mulher furacão e imprevisivel, ai está a canadiana Merrill Beth Nisker também conhecida por Peaches.
Eis que pelas 21h00 chegou a hora de Nick Cave And The Bad Seeds descer à terra (do Parque da Bela Vista) e enfeitiçar todo um público que ali se deslocou para este fim. Naquele que foi o último concerto da tour do poeta australiano – já nos tinhamos cruzado este ano no Parque da Cidade no Porto – foi sempre evidente que Nick ali estava para disfrutar desta comemoração e dar tudo para o público lisboeta. Para o público, e para todos os media, permitindo todos os meios captar imagens desta festa. Melhor poderia ser eventualmente possível, mas, muito dificil, e por isto, damos-nos finalmente como muito satisfeitos por Nick nos ter permitido deixar entrar naquele que foi o seu reino nesta autêntica celebração religiosa.
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A Nicholas James Murphy teremos que pedir desculpa por ter que “levar” com o fardo do concerto seguinte ao concerto mais esperado da noite, mas aceitou bem o desafio e sem receios avançou no Palco Colina. Numa espécie de hipnose, Chet Faker fez com que todos dançassem ao seu som, como que em descompressão do que acabávamos de testemunhar no palco principal. Como sempre, muito bom.
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Numa passagem fogaz pelo palco Futura para ver Zaz, rapidamente chegámos ao palco MEO para Disclosure. O duo britânico dá sempre grandes espetáculos, e voltou a acontecer no Kalorama para uma plateia bastante numerosa que nunca perdeu a energia necessária para este registo tipico de final de noite.
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Para nós faltava-nos ainda revisitar Tó Trips, João e companhia no seu registo Club Makumba no palco Futura para acabar a noite em beleza.
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NOTA DE REDAÇÃO: Por motivos alheios a qualquer humano, a nossa jornalista Carla Sancho adoeceu no dia anterior ao inicio do festival, facto que a impossibilitou de escrever o nosso texto para este festival. Estas parcas palavras são escritas pelo Luis Sousa, que admitamos, fotografa bem melhor do que escreve sobre bandas.