Sarah McCoy regressa a Portugal em 2023 para apresentar o novo disco a editar no próximo mês de Janeiro. O concerto acontece a 10 de Abril no Teatro Maria Matos, em Lisboa.
À semelhança de “Blood Siren” (álbum lançado em 2019 pela Blue Note), também “High Priestess” foi produzido por Renaud Letang (Feist, Manu Chao, Charlotte Gainsbourg, Jane Birkin) e pelo conceituado pianista canadiano Chilly Gonzales com quem a diva americana se cruzou em 2017 no festival ARTE Concert, em Paris, e com quem costuma partilhar palcos por todo o mundo.
A cantora e pianista – que viajou directamente de Nova Orleães para a cena musical jazz e blues da Europa – explorou a vertente intimista e confessional no seu álbum de estreia e evoluiu agora para outro patamar de composição, optando por uma sonoridade mais electrónica que vai seguramente conquistar novos públicos. “High Priestess” preserva contudo a escrita visceral e a voz poderosa que caracterizam Sarah McCoy. “Go Blind” é a mais recente amostra do novo disco que será lançado no início do ano.
Os temas de “High Priestess” mergulham profundamente no interior do seu imaginário singular e revelam uma artista em constante mutação, avessa a qualquer tipo de catalogação musical. O isolamento forçado dos últimos anos afectaram profundamente a sociedade e, no caso de Sarah McCoy, resultaram num trabalho que disseca e questiona a saúde mental com uma ‘dolorosa mas gentil faca afiada’. Para além do piano acústico, é possível escutar nas novas canções baixo, sintetizadores, batidas e, naturalmente, a voz, sempre a voz quase assombrada que desafia as certezas absolutas da realidade e apresenta texturas pós-apocalípticas nas entrelinhas.
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“I’m not sure anyone can define the ‘genre’ of High Priestess, but it’s surprisingly friendly for the intensity of the music… It’s all about the atmosphere in which the songs were born. New Orleans is a very specific anomaly in the United States, and that’s where I nurtured this Blood Siren music that is both somber like a haunted bar at the bottom of the sea… and light like a head in the clouds. With the new album, it’s more like hands in the ground. When I sing High Priestess, I’m tackling something very different. It’s a dissection of my personal relationship with myself.”
Sarah McCoy
Fotografia (capa) – Anoush Abrar