Quando assinalaram os seus 10 anos de história, com os dois volumes do disco “Migrations – travel diaries”, em 2020 e 2021, os Birds Are Indie já sabiam que esse álbum marcaria o fim de um ciclo. Queriam que o disco seguinte fosse uma espécie de recomeço. Como um ‘reset’, para iniciar um novo caminho. Não sabiam era exactamente para onde…
Depois de um percurso que começou num minimalismo quase ingénuo, com toda a beleza que essa verdadeira insegurança possa ter, até às gravações mais recentes, ricas em instrumentos e arranjos, o regresso à composição focou-se mais na intensidade do que nas harmonias, envolveu-se mais na massa sonora do que na delicadeza dos arranjos.
O resultado foi Ones & Zeros, título inspirado no código binário informático que rege boa parte do mundo actual, mas que também, neste caso, expressa a dualidade entre o tudo e o nada, o certo e o errado, o preto e o branco. Este é álbum conceptual, habitado por personagens presas entre mundos, divididas nas suas vontades, simultaneamente eufóricas e desfeitas.
Nas suas 10 canções que, não perdendo uma certa essência pop, misturam guitarras distorcidas, caixas de ritmos dançantes, sintetizadores analógicos, bateria e baixo pujantes, aos quais se somam vozes mais ríspidas e roucas que o habitual, a servir a urgência das letras. Estas, muito carregadas de estímulos absorvidos no cenário pandémico, apresentam uma visão artística que toca em inquietações distópicas, na relação com a inteligência artificial e na ambivalência entre o mundo real e virtual.
Os Birds Are Indie nasceram em Coimbra, em 2010, entre Ricardo Jerónimo e Joana Corker, que se apaixonaram em 1998, e aos quais se juntou Henrique Toscano, um amigo de longa data. Banda independente, tem-se afirmado junto do público e da crítica, bem como tocado por todo o país e por Espanha, onde apresentam a sua forma singular de estar em palco.
Depois de, em 2020, terem assinalado 10 anos de uma peculiar carreira, que inclui vários EPs e 5 discos, 2023 trouxe consigo o lançamento do 6º longa-duração Ones & Zeros, gravado no estúdio da Blue House e editado pela conimbricense Lux Records. Traçando uma nova fase no seu percurso, este é um álbum conceptual habitado por personagens presas entre mundos, divididas nas suas vontades, simultaneamente eufóricas e desfeitas.
Na gravação, o trio focou-se mais na intensidade do que nas harmonias e se envolveu mais na massa sonora do que na delicadeza dos arranjos. O resultado são 10 canções que, não perdendo uma certa essência pop, misturam guitarras distorcidas, caixas de ritmos dançantes, sintetizadores analógicos, bateria e baixo pujantes, aos quais se somam vozes mais ríspidas e roucas que o habitual, a servir a urgência das letras. Estas, muito carregadas de estímulos absorvidos no cenário pandémico, apresentam uma visão artística que toca em inquietações distópicas, na relação com a inteligência artificial e na ambivalência entre o mundo real e virtual.
PRÓXIMOS CONCERTOS
26 Abril – Bragança – Teatro Municipal
27 Abril – Vila Real – Café Concerto Teatro Municipal
28 Abril – Porto – Maus Hábitos
05 Maio – Braga – RUM by Mavy
06 Maio – Coimbra – Salão Brazil
16 Maio – Valladolid (ES) – Asklepios (+ Ál Carmona Trío)
17 Maio – Madrid (ES) – El Intruso (+ Coffee & Wine)
18 Maio – Zaragoza (ES) – Sala Creedence
19 Maio – Sabiñánigo (ES) – Sala Corleone
20 Maio – Lleida (ES) – La Boite
23 Maio – Málaga (ES) – La Cochera Cabaret
13 Outubro – Portalegre – CAE
14 Outubro – Setúbal – Casa da Cultura