Men Eater é o quarto disco da banda, após um hiato de 12 anos
Por vezes, sem qualquer razão aparente, fazemos pausas ao longo da nossa vida em projetos, objetivos e até em passos que damos. Por vezes, também, a vida revela-nos mais tarde que essas pausas foram necessárias para que nos possamos consolidar de alguma forma podendo, ou não, retomar o caminho que deixámos lá atrás.
Por entre uma conversa casual de amigos, Mike e Bibi comentam que HELLSTONE celebraria 15 anos de vida e que esse tempo poderia ser um bom motivo para aproveitar a energia do disco e a deles para reunirem a malta e regressarem a estúdio. Foi com este mote que falaram com Carlos Azeitona e Pedro Cobrado com quem começaram a desenhar este novo disco. Durante as gravações, André Hencleeday (Candura e Wells Valley) ia passando pelo estúdio e por lá foi ficando até fazer parte deste disco e, claro, da banda.
Men Eater cria, assim, um dos discos mais orgânicos da banda. Com sonoridades distintas, ambiências envolventes, densas, intrigantes, humanas e humanizadas. Com participações (Frankie Chavez na lap steel guitar, Sara Badalo e André Henriques na voz), com um poema e voz em português, este disco é a verdadeira personificação da maturidade e versatilidade de uma banda que não parou de crescer. A atmosfera pesada que sempre os acompanhou mantém-se, tal como a sua assinatura, mas o que podem encontrar neste homónimo é um conjunto de músicas tão densas e fortes que poderão deixar o ouvinte sem fôlego, quando escutado de rojo.
Riffs rendilhados e gritantes, baixo quente e pesado, teclas harmoniosas e atmosferas encorpadas dão voz a este disco que já deu a conhecer “Multitude”, “Mortice” e “Worshipers”.