Depois dos singles “Tudo faz o Ser” e “Meio Sonho”, “Lua Nova”, é o segundo disco de estúdio de Meses Sóbrio, o culminar de um renascimento musical da banda Lisboeta.
Durante a inusitada pausa nos concertos que a vida nos impôs em 2020, Miguel Rosa e Manuel Perdigão arregaçaram as mangas e deram início à jornada de criação do seu mais recente disco. Ao contrário do trabalho anterior, onde as notas ecoaram pelas salas de ensaio, este álbum nasceu do rigor e preciosismo do estúdio, transformando o som antes “simples” numa intricada tapeçaria sonora.
“Lua Nova” não é apenas um título escolhido ao acaso, é um renascimento, um capítulo inexplorado na história sonora da banda. Durante todo o processo, Meses Sóbrio imbuiram-se da energia dream pop/rock australiana esculpindo uma sonoridade ousada que reverbera como uma poesia musical que consideram completamente inédita a nível nacional. Este disco propõe mais do que a sua simples audição: É um convite para nos perdermos numa vasta paisagem de sons, onde cada nota é uma estrela cadente, aparecendo e desaparecendo, sem limites temporais ou espaciais, entre o sonho e a realidade.
O fio condutor que tece todas as faixas é o paradoxo do mundo em que vivemos. Enquanto aspiramos a sonhar e ser livres, agarramo-nos ao conforto ilusório da realidade que meticulosamente construímos. Sobre esta temática a banda acrescenta ainda: “Procuramos atenção sem sermos plenamente vistos, perseguimos constantemente “algo mais” que, no fundo, nunca preenche o vazio. Uma busca incessante num labirinto de emoções, sem direção certa, confiando somente no universo.”
O álbum, disponível em todas as plataformas de streaming a partir de dia 23 de Fevereiro, não é apenas uma coleção de canções, mas uma viagem musical que celebra a liberdade criativa de Meses Sóbrio. Toda a composição, gravação e produção ficou a cargo da banda, contanto com pós-produção por Metamito mistura por Pedro Ferreira e masterização por Hugo Valverde. A banda tem ainda encontro marcado com o público lisboeta, dia 2 de Maio, no Musicbox.
Fotografia (capa) – André Abrantini