Stereossauro é um valor seguro da mais moderna música nacional, um músico, produtor, DJ e compositor de mão cheia que já trabalhou de forma direta com vários dos mais importantes nomes da cena musical portuguesa, de Carlos do Carmo a Camané, de Ana Moura a Sara Correia, de Paulo de Carvalho a Capicua. No seu novo álbum, o produtor das Caldas da Rainha deixa de lado as vozes e o habitual formato de canção e concentra-se no som das guitarras, trabalho em que se tem notabilizado desde que há uns anos insuflou nova vida em “Verdes Anos” de Carlos Paredes com a sua musical reinvenção desse clássico a tornar-se hino da edição portuguesa do Festival da Eurovisão.
Em “+351”, Tiago Norte, de seu verdadeiro nome, volta a reunir um cast de absolutas estrelas: Ricardo Gordo, Ângelo Freire, José Manuel Neto e Mestre António Chainho trazem as suas guitarras portuguesas; Pedro Jóia e Tó Trips surgem a dedilhar as suas violas acústica e elétrica; e há ainda participações da cantora Ana Magalhães, do parceiro de aventuras DJ Ride e ainda da acordeonista e também cantora Celina da Piedade. Um elenco de luxo a que ainda se soma Bordalo II, destacado artista plástico contemporâneo que assina a escultura que foi fotografada para a capa a partir de uma série de artefactos que foram sendo colecionados por Stereossauro e que de certa forma não só contam a sua história – há guitarras e teclados, gravadores de cassetes e gira-discos e várias outras marcas do seu caminho – como, desconstruídas pelo street artist, são uma clara metáfora da sua própria arte, ela mesma apostada na desconstrução e reconstrução de tradições e marcas da nossa identidade em novos e futuristas objetos musicais.
Estreia na plataforma Soundscape o vídeo “30 metros de Água Salgada” assinado pela Why So Serious Productions.
Fotografia (capa) – Aidan Klessic
