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Sónia Tavares nos palcos com Rodrigo Leão na celebração dos 20 anos de “Cinema”

Em 2004, era editado o álbum Cinema. Vinte anos depois, Rodrigo Leão revisita o repertório de um dos seus trabalhos mais icónicos em duas apresentações únicas em Portugal e anúncia a primeira convidada destas celebrações.

Duas décadas separam a edição de um dos mais marcantes álbuns da carreira de Rodrigo Leão. Em junho, o músico e compositor revisita, ao vivo, nos Coliseus do Porto e de Lisboa, o repertório de “Cinema”, lançado em 2004, e irá rodear-se de convidados especiais, entre os quais a vocalista dos The Gift, Sónia Tavares, o primeiro nome anunciado.

Sónia Tavares alinhará ao vivo nos dois concertos exclusivos “Cinema Revisitado” de Rodrigo Leão, agendados para os dias 27 e 28 de junho, respetivamente nos Coliseus do Porto Ageas e dos Recreios em Lisboa. A vocalista dos The Gift, júri e mentora de programas de talentos da televisão nacional, tem colaborado com o músico e compositor ao longo dos anos, como são exemplo os concertos de “Alma Mater” (2000); na interpretação de “A Casa” (tema originalmente cantado por Adriana Calcanhotto) no discos “Pasión” (álbum ao vivo de 2001); e, claro, nos três originais de “Cinema”, no qual empresta interpretações inconfundíveis em “L’inspecteur”, “Deep Blue” e “Happiness”. Em 2022, em Leiria, Rodrigo leão voltou a contar com a colaboração de Sónia Tavares que, juntamente com a Orquestra Sinfonietta de Lisboa e o Coro Orfeão de Leiria, atuaram no âmbito da apresentação de “A Estranha Beleza da Vida”.

Com uma carreira de mais de 25 anos, um passado ligado a importantes fenómenos musicais nacionais como a Sétima Legião e os Madredeus e com vinte trabalhos lançados até ao momento (o último “Piano para Piano”, 2023), o álbum “Cinema” de 2004 é reconhecidamente um marco no percurso musical de Rodrigo Leão. Com este disco, o compositor mostra, pela primeira vez, o seu lado mais cinematográfico, juntando canções mais próximas do universo pop.

Hoje, Rodrigo Leão é um dos mais celebrados nomes da nossa modernidade musical tendo alcançado justificada notoriedade internacional graças aos seus trabalhos originais e às diferentes bandas sonoras que assinou para êxitos de bilheteira globais, como “O Mordomo” de Lee Daniels, “A Gaiola Dourada” de Ruben Alves, ou para as séries nacionais como o documentário “Portugal, Um Retrato Social” (RTP) ou “Equador” (TVI). Mas pode dizer-se que esse mais amplo reconhecimento do talento começou há duas décadas precisamente com “Cinema”, em que se fazia ladear por nomes de referência internacionais como Rosa Passos, Beth Gibbons dos Portishead, Ryuichi Sakamoto e também nacionais como Sónia Tavares, além de uma elite de músicos da cena musical portuguesa. “Talvez tenha sido aí que as pessoas começaram a aderir mais ao meu trabalho”, afiança o músico.

A celebração ao vivo dos 20 anos de Cinema irá conhecer uma roupagem do icónico trabalho, com revisitações às canções do alinhamento do disco, que por si só são e contêm, cada uma, um mundo inteiro dentro.