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O Primavera Sound Porto continua a consolidar a sua essência com a edição mais audaz de sempre

O Primavera Sound Porto continua a consolidar a sua essência com a edição mais audaz de sempre.

Actuações memoráveis de Lana del Rey, SZA, PJ Harvey, Mitski, Amyl and the Sniffers, American Football e The Last Dinner Party diante de 100 mil pessoas marcam o décimo primeiro ano do festival.

Os concertos de Pulp, The National, Arca e The Legendary Tigerman encerram hoje o evento português, que já olha para 2025, confirmando que a sua próxima edição será realizada de 12 a 14 de junho.

Created in Barcelona mas a prosperar a mais de 900 quilómetros de distância desde 2012. O Primavera Sound Porto despede-se hoje da sua décima primeira edição, firmemente estabelecido entre os dois mundos que definem a sua personalidade: o festival abraça e amplifica o espírito original do Primavera Sound, demonstrando que foi, por algum motivo, a sua primeira aventura internacional e, ao mesmo tempo, traz toques próprios que o universo Primavera também assimilou como seu. A estrada segue, portanto, em dois sentidos: do Parc del Fòrum ao Parque da Cidade e vice-versa. Uma semana depois de uma edição triunfante em Barcelona, o evento português reúne mais de 100 mil pessoas que podem afirmar ter testemunhado um conjunto de momentos únicos.

O Primavera Sound Porto já está de olhos postos em 2025, confirmando que a sua próxima edição terá lugar nos dias 12, 13 e 14 de junho, mas tudo o que vai acontecer hoje diz-nos que não devemos adiantar-nos ainda. As atuações de Pulp, The National, Arca, The Legendary Tigerman (que substituirá Ethel Cain, que teve de cancelar por problemas de saúde), Mannequin Pussy e Billy Woods, bem como as propostas locais Expresso Transatlântico, Conjunto Corona e Tiago Bettencourt, deixarão definitivamente para trás três dias de música construídos em torno de um alinhamento artístico que propôs múltiplos percursos sonoros e igualdade de género. Porque a diversidade no Primavera Sound vai muito além da estritamente musical.

Esta personalidade forte tem sido a estrela de uma edição que, apesar dos contratempos climatéricos e dos imprevistos de última hora, reforçou uma vez mais a ideia de que o Primavera Sound Porto é um festival com identidade própria. Esta personalidade, talhada ao longo de mais de uma década, fez com que fosse o palco escolhido por Lana del Rey para mais um concerto triunfante para uma multidão de fãs devotos que celebraram a sua diva numa das suas poucas aparições na Europa este ano, e por SZA, na sua estreia em Portugal, com um espectáculo explosivo, digno de uma verdadeira estrela pop. Duas artistas que simbolizam perfeitamente a posição do Primavera Sound como trendsetter global, claramente também no Porto. Ambas partilharam os holofotes com o delírio colectivo de Mitski, o convite para o pogo de Amyl and the Sniffers, a celebração solene dos American Football no 25º aniversário da sua estreia, ou a consagração de The Last Dinner Party perante um enorme público num Parque da Cidade que mais uma vez provou ser um local ideal e natural que eleva qualquer experiência musical.

No total, cerca de cinquenta concertos e uma homenagem particularmente comovente. Porque esta tarde, no horário e local onde estava previsto actuar Shellac, o Parque da Cidade vai despedir-se do recentemente falecido Steve Albini com uma sessão de audição do seu último disco, To All Trains, lançado postumamente. Uma memória comunitária para uma figura que marcou decisivamente a história do Primavera Sound Porto: tendo estado presente em todas as edições anteriores como vocalista de Shellac, Albini conhecia o festival melhor do que ninguém.

O Primavera Sound Porto 2024 foi possível graças à aposta na música ao vivo dos nossos parceiros e o apoio imprescindível da Câmara Municipal do Porto.