Natascha Polké é o nome escolhido para assegurar as primeiras partes dos concertos de Christian Löffler no Misty Fest, a 8 de novembro no Capitólio, em Lisboa e, no dia a seguir, na Casa da Música no Porto. Estes concertos integram a digressão europeia de Christian Löffler, “A Life”.
Natascha Polké, em franca ascensão, é considerada, atualmente, uma das mais excitantes jovens artistas da eletrónica, combinando batidas melancólicas com uma voz íntima que nos evoca a percorrer universos do real e da ilusão. Na verdade, a música desta DJ é o reflexo da sua ligação com diferentes gerações e culturas, mas também das suas vivências mais pessoais e emotivas. Gosta de explorar línguas ancestrais, como o celta, e misturar instrumentos tradicionais com música eletrónica moderna.
Apesar do seu passado indie/folk pop e já com créditos firmados na vibrante cultura underground Suíça, Polk é atualmente um nome a reter na eletrónica europeia.
Digressão europeia de “A Life” de Christian Löffler – primeira parte Natascha Polké.
O que nos torna humanos senão os nossos sentimentos? Esta filosofia tem estado na base de grande parte do trabalho de Christian Löffler. No seu novo álbum, “A Life” que apresenta ao vivo no Misty Fest, o produtor alemão faz o seu mais firme apelo à nossa humanidade. À medida que entramos numa nova era de primazia tecnológica, desta vez através do domínio da inteligência artificial, Christian Löffler oferece-nos um caminho alternativo para a expressão artística. No fundo, nestes concertos, conecta diretamente com o público, defendendo, através do seu trabalho criativo que a música não é um produto, mas sim uma criação nascida da mão e da alma de alguém.
O Misty Fest regressa de 1 de novembro a 1 de dezembro com nova aposta na diversidade e na abrangência musical e geográfica. Do Porto a Lisboa, de Braga a Espinho, até Loulé, o Misty Fest cruza as geografias do mapa musical, com uma programação sem fronteiras e géneros musicais diversificados.
Da morna ao jazz, da música clássica à acústica dos pianos, do fado e da guitarra portuguesa passando pela pop eletrónica até ao flamenco, a eletrónica tem destaque nesta edição.
Flamenco contemporâneo, sem dogmas de Rocío Marquez y Bronquio
Uma das grandes novidades no Misty Fest é a presença em Espinho e Lisboa de Rocío Márquez y Bronquio. Avoz da nova geração do flamenco alternativo, transgressivo e erudito representado pela cantora andaluza não renuncia à tradição, mas sublima o flamenco na sua vertente mais contemporânea, combinando o rigor, a vocação criativa e a audácia interpretativa. O álbum “Tercer Cielo” será o mote para demostrar o quão vivo e inovador poderá ser o flamenco, “vestido” do caráter da eletrónica e da música urbana de Santi Bronquio.
10 de novembro – Teatro São Luiz, Lisboa | 8 de novembro – Cineteatro Louletano, Loulé
Eletrónica experimental de Sven Helbig
Sven Helbig é um dos principais compositores da música moderna internacional e como multi-instrumentista consegue fundir a técnica de composição clássica com música eletrónica subtil e experimental. O músico alemão é já presença assídua em Portugal e não poderia deixar de (re)visitar os palcos nacionais com os temas do mais recente trabalho, “Skills”.
10 de novembro – Teatro Municipal São Luiz | 12 de novembro – Casa da Música
Eletrónica introspetiva dos Two Lanes
São uma jovem irmandade criativa de eletrónica melódica que gravita entre o neoclássico, o ambience e o deep house. A música dos irmãos Leo e Rafa leva-nos por batidas minimalistas, acordes de piano acústico e sintetizadores analógicos. No Misty Fest irão apresentar os temas do mais recente álbum, “Duality”, uma viagem sónica introspetiva e imersiva que, ao vivo, torna ainda mais sublime a atmosfera sonora desta dupla berlinense.
23 de novembro – Village Undergroung, Lisboa
House progressiva e melódica de Nils Hoffmann
O produtor berlinense apresenta no Misty o mais recente “Running In a Dream”, trabalho que firma um admirável percurso em ascensão, posicionando-o como um dos mais excitantes jovens artistas da eletrónica mundial. Este novo trabalho sucede ao aclamado “A Radiant Sign” (2022), que chegou ao primeiro lugar nas tabelas de dança do iTunes aquando do seu lançamento, conseguindo também o importante reconhecimento dos seus pares.
27 de novembro – Musicbox, Lisboa