Festival

Festival Silêncio

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Data/Hora
Date(s) - 28/09/2017 - 01/10/2017
Todo o dia

Location
Cais do Sodré

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O Festival Silêncio é um festival transdisciplinar e participativo que celebra a palavra como veículo de conhecimento e como unidade de criação. Durante quatro dias, a palavra instala-se no bairro do Cais do Sodré, num programa que percorre diferentes géneros e linguagens, através de um diálogo constante entre música, performance, conferências e conversas, cinema, exposições, literatura, intervenções e oficinas.

A programação geral desta edição celebra a palavra num vasto repertório de iniciativas e actividades que convidam artistas, criadores, intelectuais, editores e a comunidade em geral para criarem, reflectirem e interpretarem o lugar da palavra dita e não dita. Paralelamente, dedicamos o Ciclo Autor a Maria Gabriela Llansol, com um conjunto de propostas artísticas e criativas que com ela dialogam e se reinventam. Voz é a palavra em destaque no Ciclo Palavra, num programa que reclama a Voz enquanto expressão e urgência. Em 2017, o Festival Silêncio dedica uma secção da programação à edição literária independente: desafiámos um conjunto de editores para criarem conteúdos à volta das suas edições e dos seus catálogos, para serem apresentados durante o festival. A juntar a estes destaques, uma das principais novidades desta edição é a Rádio Silêncio, um novo projecto de programação, que finalmente sai da gaveta para o ar. O carácter participativo do festival está presente em várias actividades e instalações interativas e intergeracionais. Com o apoio da EGEAC, o Jardim das Palavras, instalado no jardim da Praça D. Luís, remete para um mundo lúdico e colorido, onde a festa da palavra se revela num trajecto interactivo de brincadeiras, instalações, jogos e criação.

O Festival Silêncio lança o repto: participar, descobrir e sintonizar. Entre 28 de Setembro e 1 de Outubro, o ponto de encontro da palavra é no bairro do Cais do Sodré. O acesso é livre e é para todos.

A programação final do Festival Silêncio será apresentada e divulgada no próximo dia 22 de Agosto. Por agora, revelamos alguns destaques, motivos para reservarem, desde já, as datas nas vossas agendas.

DESTAQUES DE PROGRAMAÇÃO

Ciclo Maria Gabriela Llansol: É pelo mistério e pelo fascínio, que este ano dedicamos o Ciclo Autor a Maria Gabriela Llansol. Com curadoria do Espaço Llansol, este ciclo celebra a obra da autora, dando-a a conhecer através de um conjunto de iniciativas que dialogam sobre e, principalmente, com a sua escrita: uma escrita que, morando “nas margens da língua”, atrai e seduz novos modos de ler. As propostas deste ciclo são um testemunho dessa invenção e desdobram-se em performances, exposições, conversas, leituras, cinema, oficinas e actividades para os mais novos.

Destacamos neste ciclo, o diálogo entre Llansol e as artes plásticas, num ciclo expositivo que integra obras de autores consagrados como Ilda David, Rui Chafes, Pedro Proença, Duarte Belo e Teresa Huertas, assim como de jovens artistas que propõem novos diálogos com Llansol. Miguel Bonneville apresenta O Princípio de ________, uma performance musical criada para o Festival Silêncio a partir de uma parte da obra da escritora, que idealmente não terá princípio nem fim. Palavra-Voz-Silêncio em Maria Gabriela Llansol é o tema de uma conversa entre João Barrento, Maria Etelvina Santos e Cristina Vasconcelos Rodrigues, acompanhada por uma leitura encenada de textos seleccionados para esta ocasião. O Coro Feminino de Lisboa interpretará temas que faziam parte da discoteca de Llansol, com destaque para uma nova composição de João Madureira, criada para esta ocasião. Destacamos ainda a presença de Hélia Correia na actividade Amar um Cão, uma sessão pensada para o público infantil, que parte da colagem que Hélia Correia fez do texto com o mesmo nome, a pedido de Maria Gabriela Llansol, com o objectivo de ser lido a crianças. Rochedo é o nome da performance que Rita Roberto e Pedro Ferreira criaram para este ciclo e que interpretam no Festival Silêncio.

Ciclo Voz: Voz é a palavra em destaque no Ciclo Palavra. Este ciclo apresenta um programa que desafia e reflecte sobre a polissemia da palavra, numa tentativa de desdobramento artístico dos vários conceitos nela encerrados: voz enquanto expressão, voz enquanto urgência: pessoal, colectiva, artística, política ou social.

Neste ciclo destacamos a presença do filósofo Achille Mbembe no programa das Conferências do Silêncio, este ano dedicadas ao tema “Vozes do Sul”. Mais do que pensar a invenção do Sul, interessa-nos ouvir as vozes que o pensam e o reivindicam enquanto símbolo de opressão e espaço de resistência. Também integrado no ciclo Voz, damos a voz ao bairro e à comunidade, no Recital Popular II, uma proposta de Margarida Mestre que é um coro de palavras que se faz à comunidade que habita temporária ou permanentemente o Cais do Sodré para desvendar, através da voz, do seu canto e do seu falar, as palavras e as ideias, os ambientes em geral e os recantos privados de quem aqui vive e trabalha.

Secção Editoras: Nesta edição, o Festival Silêncio dedica uma secção da programação à edição literária independente. Convidámos um conjunto de editores independentes para desenvolverem iniciativas próprias, desafiando-os a criarem conteúdos à volta dos seus catálogos e edições. Este programa tem o apoio da Livraria Snob/Cossoul, a quem nos juntámos para organizar uma Feira do Livro dedicada aos livros de alfarrábio, aos editores independentes e aos autores representados nesta edição do festival.

A Douda Correria/Miasoave volta a estar presente no festival com uma programação de três dias, que inclui lançamentos de Maria Dulce Cardoso e de Luca Argel, assim como o o lançamento do primeiro livro da colecção Puto Xarila, de João Pedro Gomes. A Snob junta-se a este programa com o lançamento de Teatro Vertical e uma exposição das ilustrações do livro. A editora Do Lado Esquerdo festeja o seu 5º aniversário no Festival Silêncio, com leituras e um concerto dos Photomaton inspirado em poemas publicados pela editora. Destaque também para a participação da Triciclo que se apresenta no festival com uma exposição de prints e com oficinas para toda a família.

Rádio Silêncio: Este novo projecto de programação sai finalmente da gaveta para o ar. Com direcção criativa de Pedro Coquenão, a Rádio Silêncio pretende assumir-se como espaço complementar de criação, experimentação e programação ao próprio Festival mas também de formação e comunicação, assumindo o compromisso de uma rádio local, aberta e dirigida à comunidade. A estação cobre todo o tempo e o espaço em que decorre o Festival Silêncio: 4 dias e 5 km de raio e está acessível a bairros do outro lado da cidade e até do planeta, através da sua emissão online.

Jardim das Palavras: Com o apoio da EGEAC, o Jardim das Palavras o o jardim sformars e Diálogos e , Mil Poemas ou Falar-Ouvir sosiçgel, assim como o lanaé uma parceria do Festival Silêncio com a Associação Ensaios e Diálogos e instala-se no jardim da Praça D. Luís, para construir um espaço que remete para um mundo lúdico e colorido, onde a festa da palavra se revela num trajecto interactivo de brincadeiras, instalações, jogos e criação. Meio é Mensagem, Caça Palavras em Linha, Mil Poemas ou Falar-Ouvir são apenas algumas das estruturas e instalações que trazem ao jardim a festa da palavra.

Residência Artística Casa-Palavra: em conjunto com a Fundação José Saramago e a Casa Fernando Pessoa, o festival organiza a 2ª edição da Residência Artística “Casa-Palavra”, a acontecer entre os dias 4 de Setembro e 1 de Outubro. “Casa-Palavra” é uma residência que reúne um grupo de quatro artistas e intérpretes de diferentes disciplinas criativas numa reflexão colectiva sobre o processo do trabalho artístico. Em 2017, os artistas residentes são António Poppe, Bruno Humberto, Rui de Almeida Paiva e Sara Orsi.

Secção Palavrinhas: Esta é a secção infantil e juvenil do Festival Silêncio, que este ano reforça o programa para os mais novos. A Biblioteca Itinerante e a Bebeteca voltam a instalar-se em plena Praça de São Paulo com um espaço de leitura, descanso, jogos e brincadeiras. Todos os dias, na Praça, há sessões de contos, de leituras musicadas e de oficinas para os mais novos. As marionetas voltam a marcar presença no festival, através da Algazarra Marionetas que nos traz dois espectáculos e uma oficina. Destaque também para o concerto Histórias de Monstros e Outros Bichos. São canções para brincar, dançar e balançar, um projeto autoral do músico e arte-educador Gui Calegari.

Música: Este ano, voltamos a destacar a programação do Palco do Jardim, com especial referência ao concerto Os Velhos Também Querem Viver, um espectáculo criado para o Festival Silêncio, que parte do texto homónimo de Gonçalo M. Tavares e que conta com direcção musical de Pedro Lucas e as participações de Carlão, Zeca Medeiros e um coro de luxo com as vozes de Selma Uamusse, Manuela Oliveira e Joana Alegre. Destaque também para o concerto Água e Sal, um projecto de Capicua e Pedro Geraldes e para o concerto de Bruno Pernadas também no Palco do Jardim. A lembrar o festival de novas músicas Ó da Guarda!, Ó! apresenta um espectáculo de livre improvisação em celebração da Voz, da Palavra e do Silêncio. Finalmente, um encontro improvável: um Bate-Papo entre Cachupa Psicadélica e Tomás Wallenstein. Lançamentos há dois. Os Lavoisier lançam o disco É Teu e Luca Argel, pela Douda Correria/Mia Soave, lança Contemspoilers.

Cinema: O destaque vai para o Poetry FIlm, em mais uma edição da mostra competitiva Isto Não É Um Filme. É Um Poema, que este ano contou com mais de uma centena de inscrições de todo o mundo. Fruto de uma parceria com a Filmin Portugal, destacamos também o ciclo de cinema A Palavra que explora a desconexão entre a imagem e a voz, trazendo ao ecrã do Festival Silêncio palavras que não trazem significados e imagens que falam sem abrir a boca.

Performance: O Palco da Rua Cor-de-Rosa volta a ser casa da Spoken Word no Festival Silêncio. Por aqui passam projectos como A Flor de Lácio que, com André Gago e os músicos Carlos Mil-Homens, João Penedo e Pedro Dias, dá sonoridades transatlânticas à poesia escrita em língua portuguesa e sobre a língua portuguesa. Os Belos, Recatados e do Bar são Cláudia R. Sampaio, José Anjos, Valério Romão e António de Castro Caeiro e marcam também presença neste programa. Organizado por Vasco Gato, o ciclo de leituras Vão de Escada, traz ao Festival Silêncio uma sessão especial com Gonçalo Wadington. O Poetry Slam volta a marcar presença, com o torneio de poesia Slam Lx. Da Guarda chegam os Contos e Trovões, Rezas e Galináceos, que resgatam a palavra à cultura popular portuguesa num espectáculo que nos traz contos, canções de cordel, rezas, lengalengas, trava-línguas e romances.

Exposições e Instalações: Nesta categoria, destacamos o ciclo expositivo dedicado a Maria Gabriela Llansol, que integra obras de autores consagrados como Ilda David, Rui Chafes, Pedro Proença, Duarte Belo e Teresa Huertas, assim como de jovens artistas que propõem novos diálogos com Llansol. Destaque também para a exposição de ilustração In Vitro, a cargo do colectivo The Lisbon Studio, convidado para intervir nas montras da Praça de São Paulo, tendo como ponto de partida o tema Voz. A instalação colectiva Palavras à Janela volta a inscrever as vozes do bairro nas fachadas do Cais do Sodré.

Conversas: Destaque este ano para as Conferências do Silêncio, que discutem o tema “Vozes do Sul” com o filósofo Achille Mbemba, conduzido por Mamadou Ba, numa conversa sobre Políticas de Inimizade. Na segunda sessão, a brasileira Jota Mombaça discute com Rita Natálio e Paula Meneses os Lugares de Fala do Sul. Destacamos ainda as Conversas do Silêncio, três conversas públicas e provocadoras em que o anfitrião Miguel Somsen convida dois intervenientes para falar sobre a pornografia da palavra e da opinião que tanto polariza o país.

+info em facebook.com/events/490718447934553/

Promotor – CTL | EGEAC